Hoje não é o dia internacional do beijo, não estou apaixonada e nem estou afim beijar alguém nesse exato momento, eu apenas quero falar sobre isso. Vocês vão me chamar de louca – talvez eu seja – mas eu preciso confessar uma coisa: Eu não gostava de beijar. Pronto, falei. A única garota do planeta terra, uma aberração. Era estranho pra mim, não sabia como fazer. Tudo bem, estamos entre amigas: era bem nojento. O meu primeiro beijo foi traumatizante, o segundo inuSItado, o terceiro proibido e assim por diante. Com o tempo eu achei que iria me acostumar, não me acostumei. Não que isso seja um problema, mas agora você consegue entender o porque de eu não gostava de ouvir esse verbo: beijar. Será que eu era a única que achava que existiam outras maneiras – melhores e menos babadas – de mostrar que se ama alguém? A minha lingua estava bem e não queria sair para passear, obrigada. Bom, mas o tempo passou – de novo. E fui vendo e principalmente sentido as coisas de uma maneira diferente. Continuo achando beijo uma coisa estranha, mas hoje sei que é fundamental e – extremamente – viciante. Principalmente quando se esta apaixonada. Definitivamente não da para explicar o que se sente. Já quando não existe a paixão é simples e vazio de se descrever: desejo, just that. E me desculpem as moderninhas de plantão, mas ninguém vive só de desejo.
Pessoas se beijam a cada segundo, mas nem todas conseguem sentir o movimento das borboletas. Por favor, não deixem que as borboletas entrem em extinção.
Autora de livros para adolescentes e criadora do Depois Dos Quinze. Começou a escrever para superar a timidez e agora não consegue mais parar de falar, amar, fotografar, sonhar e viajar. Ufa!