São 6:05 da manhã e o despertador já fez questão de se manifestar.
Um belo porre, acordar daquele sonho maravilhoso, tão perto do desfecho. Aquele sonho que a gente cobre a cabeça pra ver se consegue voltar, mas de nada adianta. Mesmo assim, levantamos e chegamos cambaleando ao espelho, onde passamos horas e horas repassando vagamente cada lapso do que ainda está “fresco” na memória, tentando ir mais além. É o que eu chamo de “Síndrome de Wonderland”: mudar de cenário repentinamente e jamais negar que aquilo, de fato, fora real. Não tem como desplugar nosso psicológico e mandá-lo pra cama. Ele funciona como uma criança teimosa: além de sempre deixar à deriva situações embaraçosas, finge que dorme, quando na verdade passa madrugadas criando e assistindo o grande cartoon que foi o nosso dia. Nos perturba por coisas insignificantes e sempre precisa de um novo brinquedinho para se ocupar. Clarinetes, tambores e corais angelicais para o anúncio da noite:crianças não mentem! Sim, é isso mesmo. Por mais que coisas bizarras subam no palco do seu subconsciente, sonhos não são “sinais” como dizem, e sim reflexos daquilo que almejamos de forma mais sincera. Vêm como portas para talvez abrir nossa percepção, ora para esclarecer o óbvio e encorajar nossa determinação, ora para mostrar a outra opção, até então no banco de reserva, quase que descartada. Seja para coisa ou outra, o importante é não levar tanto em consideração, mas não ignorar. O essencial da vida, é reservar alguns instantes para aprender a voar e nunca mais colocar os pés no chão. No alto não há pedras no caminho! Jamais meça seus sonhos, mas não se perca dentro deles.
Afinal, if you can dream it, you can do it!