Depois de ficarmos pelo menos duas semanas largadas no sofá, comendo junk food e gastando a mesada inteira na locadora chega agosto: início do segundo semestre, fim das férias de inverno. É aquela velha história do tempo que passa voando sem a gente nem ver. Essa semana, voltando às aulas, nos damos conta de que por mais que o tempo “pare” para nós nessas pequenas férias, a vida continua, esperando para nos dar mais um bote. É normalmente nessa época do ano em que ficamos nostálgicas. Lembramos do primeiro dia de aula desse ano, dizemos “parece que foi ontem” e a saudade começa a bater à porta do coração. E cansamos de repetir para nós mesmas que não sentiríamos saudades de ninguém naquela escola. Isso não é só uma grande mentira, mas também uma impossibilidade tamanha! Ainda mais para quem está no último ano do Ensino Médio. Fim da linha, minha amiga. Acabou a vida mansa. E se achava difícil, prepare-se que daqui pra frente só piora. Mas isso não é de todo um mal. Crescer a cada dia é tão fundamental que a possível sensação de “obrigação de crescer” passa despercebida. A emoção que o mundo cobra é muito diferente das paixões agudas da adolescência. Diz muito mais sobre o nosso próprio umbigo que tudo, pois uma das coisas mais importantes em questão de relacionamentos com pessoas na vida é aceitar-se para aceitar o outro. Não é egoísta justamente porque é um exercício que acaba virando coletivo. É um olhar muito mais crítico sobre si mesma. Não é só melhorar, é superar-se. É provar, primeiro para você, que você pode mais, que você deve fazer mais. Agosto vem chegando, setembro nós marchamos, outubro está na porta, novembro passa muito mais depressa…Dezembro é logo ali. Hora de dar tudo de si, crescer, aparecer, determinar-se e objetivar os sonhos. Depende muito mais de você do que você imagina.