Elas sempre estiveram ali, sabe? Desde que Luce tomou consciência de mundo, ou bem antes. Ela não sabia explicar nem porque, nem como, nem de que são feitas, só sabia do fato: Havia sombras por perto o tempo todo. É, elas chama aquelas coisas de “sombras” por falta de termo melhor. Elas se fundem com a paisagem, as pessoas, as coisas do mundo. Elas não a tocavam, mas sempre estavam por perto. E acredite, isso dá medo.
Bem, tudo bem se elas estivessem ficadas inerte para sempre.
Mas, é claro que isso não aconteceu.
A pergunta é: porque justo naquele momento?!
Justo quando ela estava conseguindo levar um vida normal, ser uma menina normal?!
Aconteceu alguma coisa. Ela não sabia explicar como – e com policiais lhe interrogando, isso piora tudo – mas, podia ver perfeitamente o olhar dele no seu. E ele estava morto. Mas, ali pra onde ela foi mandada ninguém precisava saber. Aliás, que porcaria de lugar é esse?
Não se pode esperar muito de um reformatório, mas ele não precisava ser tão… Tão com o Cruz e Espada. E já na chegada ele mostra pra que foi feito: Para pessoas como ela. Ou, pelo menos, o que ela havia se tornado agora. Uma construção antiga e mal cuidada. Prédio como caixas de papelão empilhadas com um espaçamento cheio de mato, mal pintados e reformas absurdas (quem transforma uma antiga igreja em ginásio esportivo?!) e claro, com seus tipinhos mais característicos.
Já no começo, um carinha misterioso e perfeito com seus olhos verdes penetrantes, que parece simpático apesar do rosto duro; uma menina louca que lhe pede para cortar seu cabelo como o dela (alguém mais precisa tocar nesse assunto delicado que é perder seu cabelo perfeito num incêndio?! espero que não!) e claro, um louro perfeito que sorrir… E depois lhe levanta o dedo do meio. No primeiro contato.
Falando nele… Dizem que o desprezo é arma de sedução, mas isso já é demais! Quem esse tal de Daniel Grigori pensa que é?! E porque Luce tem essa sensação ridícula que o conhece há anos?! E essas trocar de humor repentinas dele? E por favor Arianne, deixe a Pennywearth em paz, ela é uma excelente amiga. E afaste-se do Dan, Gabe-loura-perfeita! E Cam, você, sua simpática, carinho e olhos verdes perfeitos podem dar um tempo? Ninguém aqui está afim de presentes quando se está obcecada por outro cara.
Parece que Luce tem muito problemas pela frente, mas eles estão apenas começando e ela ainda não sabe de quase nada. “Fallen” é uma grande porta de entrada na história dessa garotinha e suas sombras. O desenrolar? Bem, só saberemos quando esta série tiver fim, por enquanto, que tal nos deliciarmos com todos esses problemas e com a magia que a leitura desse livro proporciona, enquanto esperamos “Torment” e todos os outros?
Porque afinal, nossas férias estão só começando!
Obs: Tenho alguns recadinhos aqui no pós-escrito. Primeiro: PARABÉNS BRUNA! Paris é seu lugar, mon chéri, aproveite MUITO sua estadia na cidade-luz, você mereceu, Oui? Segundo: gostaria de agradecer a todo o carinho que tenho recebido das leitoras desse perfeito recinto e também as minhas sweethearts que visitam e comentam meu blog de contos. Nada pode ser mais gratificante que agradar vocês! E, por último, tem novidade no meu blog!