Chega sem avisar, não pede permissão para entrar e, quando damos conta, já está dentro da nossa casa tomando café na mesa da cozinha do nosso coração. O nome dela é Paixão. Não interessa se você está sozinho, acompanhado ou enrolado. E pouco importa se você está no colegial ou na faculdade. Ela não quer saber se você estuda ou trabalha. Ela não liga pro seu nome. Ela simplesmente quer te fazer lembrar o nome dele 24 horas por dia. Após o café, pega a vassoura na despensa e sai varrendo do seu coração todas as coisas que te fazem mal. Confere se não deixou nada que possa te machucar lá dentro e faz você encher os pulmões de ar limpo e abrir um sorriso logo em seguida. Procura um lugar pra ficar dentro de você, mas não consegue limitar-se ao coração. Quando menos se espera, já invadiu seu cérebro, suas mãos, sua boca, seus olhos e seu corpo todo, por dentro e por fora. Você começa a se sentir domada de um sentimento arrebatador, capaz de mover areais com um sopro, arrancar árvores com uma mão, correr de Norte a Sul a pé. Seu sonho infantil de ser super heroína volta à tona. Você se sente invencível. Ela não permite que distâncias impeçam o sentimento porque ela não conhece distâncias. Ela faz com que seu coração se aqueça. Dá vida à sua vida. Mas sozinha não cosegue, pois ela é apenas a primeira parte da magia. Após concluir o trabalho inicial, ela volta ao centro do seu coração para ouvir o Amor bater à porta, juntando-se a ela para unir, de fato, dois corações. Ou você achou que a Paixão trabalhasse sozinha?