Sabe aquele conteúdo de Física que você não conseguiu aprender? Ou o segundo verso de uma música que não conseguiu decorar?
Algumas coisas são assim: apesar de vermos e escutarmos de todas as partes, certas lições nos custam várias horas de aflições. É incrível como pecamos pela mesma coisa inúmeras vezes!
É sempre aquele papo de “dessa vez vou fazer diferente”, mas de tanto errar, o disco risca e no final do dia acabamos parados, com as unhas na boca e os olhos fixos enquanto o telefone, na mão, chama do outro lado. Logo, o que parece tão banal, tão exposto, evidente e claro, torna-se o maior desafio. Deixar o que se ama livre é um exemplo claro e freqüente disso. Chega a ser algo intolerável: você sabe o que fez e tem consciência de que está fazendo de novo, mas não sabe e nem quer parar!
Ah, como nossa teimosia é masoquista, não?
E volta o erro, volta a letra e volta a culpa! Tudo por não conseguirmos nos distrair e sermos movidos por essa inquietação que vem da necessidade de algo, da curiosidade do nosso subconsciente. Curiosidade que decepciona por extrapolarmos em expectativas. Expectativas que, ironicamente, só aumentam. Isso pra mostrar que é impossível aprender tudo o que deveríamos.
Não tem a ver com falta de inteligência, mas sim com disponibilidade, com a disposição de acertar, aceitar e colocar em prática. Talvez a teoria da mamãe ou aquela do melhor amigo mereça uma chance. O mesmo serve para aquele verso foneticamente sem graça, que vem na segunda linha depois do refrão.