Esse ano completo três anos de blogueira. Comecei no Depois Dos Quinze, mas as leitoras antigas sabem bem que o blog não nasceu assim. Ele já mudou de nome, já mudou de cara e já ganhou e perdeu integrantes diversas vezes. Todas essas mudanças fazem parte de momentos diferentes da minha vida, sentimentos que foram escritos e eternizados em cada um dos 2.092 posts já publicados.
Para comemorar o dia de hoje, resolvi contar para vocês um pouco da história de como nasceu o blog.
A vontade de entrar nesse mundo surgiu em um momento de desespero. Eu precisava arrancar de mim aqueles sentimentos que transbordavam em forma de lágrimas. Sempre soube que sofrer é uma questão de escolha, então escolhi transformar o que sentia em textos. Assim, ao escrever cada parágrafo, eu conseguia deixar nas ordens das palavras, um pouco de tudo aquilo que existia dentro de mim. Ao postar cada texto, era como se aquela dor fosse embora.
Não posso mentir e dizer que foi só isso. No começo, eu ainda tinha esperanças que ele lesse tudo aquilo que eu escrevia. Os dias foram se passando, e os sentimentos foram ficando em cada página não lida do blog.
Quem por engano passava por aqui, ficava. É fácil se identificar com a dor. Não é tão comum encontrar alguém corajoso o suficiente para abrir o coração e mostrar de verdade o que se passa por dentro.
Eu era uma nova garota, e já nem pensava mais naquele cara, mas o blog continuou fazendo parte de mim. Conheci outro rapaz. Descobri que é difícil descrever a felicidade. Busquei nas recordações sentimentos que me fizessem voltar a escrever. Escrevi. Sobre o passado, o presente e o futuro. Tive que apresentar ao mundo o meu pseudo-eu-lírico. Um pouco imaginação, um pouco realidade.
Então, eu amadurecei. Como o blog é o que eu sou, ele também mudou. Passei a falar sobre como eu via o mundo. Não que isso fosse tão interessante, mas a partir dai o blog deixou de ser tão egocêntrico.
Mais pessoas foram chegando e se identificando. Sejam bem-vindas queridas amigas.
A falta de tempo fez o blog deixar de ser só meu. Não foi tão fácil deixar de lado o egoísmo, mas por incrível que pareça eu consegui. Quinze leitores se transformaram em quinze colaboradores.
O blog então cresceu. Cresceu.
Eu mudei. Mudei.
E então, ele se transformou nisso.
Do pouco, um tudo. Do todo, um resto. Do resto, parte de todos nós.
Ah, vocês querem saber sobre o cara fez o blog nascer? Comentou outro dia o quando o blog é bom e o quando se lamenta por não estar mais presente nos meus textos.
Uma pena, não?
Para finalizar, fotografias inspiradas no tema dia.