Lendo esses dias um texto de um debate sobre sexo, percebi que entre as garotas a vergonha de falar sobre o assunto ainda é muito grande. Mesmo com amigas, nós nos sentimos acanhadas de iniciar a conversa e trocar ideias. E se na amizade isso acontece com frequência, com os pais, então…
Mas por que isso acontece?
A história da opressão da mulher vem de longa data. Somente há pouco tempo atrás (um século, apenas, se comparado com o tempo de existência do ser humano!) isso começou a mudar e fomos perdendo aquela pequena visão do mundo e participação que costumávamos ter. Mas, assim como acontece com o preconceito racial, o preconceito com a mulher ainda existe. Foram séculos repreendendo e subjugando o sexo feminino para, em poucos anos, isso se transformar. Vemos os reflexos dessa história na vida hoje e nem ao menos nos tocamos. Aliás, muitos deles somos nós mesmas que plantamos!
Quantas vezes você já não falou mal de uma garota que ficava com vários garotos, era super extrovertida e vivia rodeada por eles? Aposto que você já fez isso pelo menos uma vez na sua vida. E quantas vezes você não se encantou por aquele garoto galinha que tem um super charme e fica com todas as garotas existentes na face da Terra?
Isso, por si só, já é um preconceito tremendo! Por que garoto que sai com um monte de garotas é o “garanhão” e mulher que fica com todos é “piranha”?
Tem alguma coisa errada aí! Não fomos nós que lutamos por nossos ideais, pelo direito de igualdade e tudo mais? Então, por que insistimos nesse preconceito bobo? Por que o alimentamos desse jeito? Já não basta muitas mulheres receberem um salário menor que o dos homens em um mesmo cargo e sermos alvo de piadinhas machistas como “mulher no volante, perigo constante”, ainda temos que aceitar isso vindo de nosso próprio sexo?
Cada um tem para si mesmo o que acha melhor e mais correto. O correto, porém, é subjetivo e pode ser diferente para cada pessoa. E se não existe certo ou errado, quem somos nós para apontarmos o dedo para outro?
Isso também se encaixa no sexo. E conversar sobre ele é super normal, por mais que em nossas mentes distorcidas, tenhamos medo de falar. Acredite: toda garota tem vontade (e necessidade!) de conversar com outra sobre esse e muitos outros assuntos.
Então, se bater a vontade de iniciar um bate-papo com as amigas, vá em frente e seja a primeira a quebrar esse tabu. Vamos mostrar a força que o feminismo pode ter. Direitos iguais para todos, não é essa a regra? Comecemos, então, com o mais simples e, logo, logo, as coisas podem mudar.