Quando jovens, a inconsequência faz parte de nossa vida. Queremos aproveitar de tudo, fazer o possível e o impossível numa corrida desenfreada para a realização dos nossos desejos como se o mundo estivesse prestes a chegar ao fim. Rimos das mais diversas besteiras, reclamamos dos problemas mais simplórios e vivemos diante de altos e baixos exagerados, sempre acreditando sermos o centro do universo.
Conforme crescemos, no entanto, os valores mudam e restringimos tudo aquilo que realmente vale à pena se importar, descartando o que não acrescentará em nada em nossa vida. Passamos a ver o mundo com outros olhos, com mais responsabilidade, mas também com uma sede de conhecimento muito maior. Nosso espaço torna-se pequeno para tanta vontade de aprender.
É nessa hora que percebemos o quão grande é o mundo e o quanto há para conhecer. Mesmo quem habita as maiores cidades sente-se minúsculo diante de tamanha grandiosidade. São diversas culturas, variados hábitos e mais de seis bilhões de pessoas com quem cruzar. Por que se limitar a nossa vidinha mais ou menos se podemos ser mais, muito mais?
Nesse momento, sentimo-nos claustrofóbicos, como se estivéssemos presos em uma gaiola. Queremos fugir, voar para longe, expandir horizontes, atravessar fronteiras e descobrir novos mundos. Sair em expedição, como Pedro Álvares Cabral um dia fez. À procura da Índia, encontrou algo ainda maior e maravilhoso do que esperava. Também nós podemos esbarrar com o desconhecido e perceber que tudo o que vivemos era apenas o começo. O começo dessa grande aventura chamada vida.