Cada dia nessa vida, a gente aprende a lidar com situações novas. E como lei natural das coisas, onde o pra sempre (quase) nunca existe, somos surpreendidas pelo fim. Surpreendidas por esse fim de etapas, relacionamentos e milhares de outras coisas mais. Por fins e perdas.
Esses, no geral, são um tanto dolorosos e carregam consigo uma dose enorme de aprendizado. É como se precisássemos deles para nos tornar quem somos. Afinal, se não houvesse o fim, nós não saberíamos como inícios e coisas novas são boas e nos enchem de felicidade. Mesmo que não pareça agora e nem amanhã, mas um dia você vai entender o quanto encerrar aquela etapa, mesmo contra sua vontade, foi tão importante. E se não houvesse perdas, nós não saberíamos o quanto tudo aquilo foi ou ainda é importante. Destas perdas, algumas deixaram feridas que, naturalmente, iram doer por um tempo. Feridas que vão cicatrizar e deixar uma mera lembrança como prova daquele momento. Outras passaram diretamente como lembranças boas ou ruins que terão um espaço reservado em você, mesmo que raramente lembrado.
Assim como acredito que o amor deveria mover as pessoas, eu acredito que aprender a lidar com perdas (sejam elas superficiais ou profundas) é mais do que necessário para se viver bem. Não é fácil. Fins não são fáceis e perdas sempre deixam marcas, mas aprender a conviver e aceitar tal condição é crucial para nosso amadurecimento pessoal e este, por sua vez, sempre vale a pena ser acrescentado de ensinamentos e coisas boas. Quase nunca é fácil, mas passamos pela vida a mercê dos momentos e sujeitos a términos e ruínas de fatos que nos decorrem todo o tempo. E aprender lidar com isso é uma questão de tempo, de calma e de coração. É quase uma questão de condição.
E quanto ao fim? Bom, esses eu sei que são mais que necessários e mesmo que sejam dolorosos sempre servem para nos ensinar algo. E a gente vai continuando nossa vida. A gente sempre continua. Superando. Aprendendo. Vivendo.