Ei, ainda dá tempo de escrever um texto sobre o dia dos namorados?
Antes de namorar pela primeira vez, com uns treze ou quatorze anos, eu tinha uma imagem muito contorcida do que era se relacionar com alguém. No colégio, via o pessoal – mais velho – do ensino médio andando de mãos dada e pensava: Sera que um dia isso vai acontecer comigo? Na minha cabeça, se você tivesse alguém pra chamar de seu, os problemas da vida simplesmente paravam de existir. Acho que pensava assim porque eu vivia em um mundo paralelo de amores platônicos.
Aí o tempo passou, conheci e me apaixonei por um cara. Usamos aliança, andamos de mãos dadas e eu até criei um álbum no orkut com fotos românticas. Foi lindo, foi mágico e eterno. Não precisava de medo, nem de tanta ansiedade.
Acho que todas aqueles contos de fadas com final feliz que nos contam quando crianças acabam criando um falso vazio interior, uma sensação de que, se não tiver alguém do outro da linha, pra dividir o cobertor ou passar os dias dos namorados, não existe vida. E olha só, ninguém merece carregar nas costas a responsabilidade de completar tudo aquilo que nos falta.
Acredito sim no amor. Na paixão também. Mas hoje, não vejo motivos para sofrer tanto pela falta do mesmo. Quando a gente dá tempo pro tempo, ele ensina que não existe merda de formula nenhuma. Quando for acontecer, se for acontecer, será lindo. Durará o tempo necessário, um dia ou uma vida. E será inesquecível.
Tema dos seus próximos textos. Dos seus próximos desenhos. Vai te mudar e te fazer enxergar o mundo de uma maneira diferente. Mas independente de qualquer outra coisa, você continua sendo você. E não precisa de ninguém pra isso.
Existir nos tempos de hoje já e amar a vida. Então, aproveita esse clima romântico e cuida da pessoa mais importante da sua vida: VOCÊ.