Foi procurando a autoria da frase “Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura”, que cheguei por acaso até um autor brasileiro chamado Paulo Roberto Gaefke.
Tudo começou quando li essa frase em algum tumblr. Curiosa, resolvi buscar na internet o nome de quem escreveu tal verdade sobre mim e muito provavelmente, trazer para a tag “entre aspas” e apresentar pra vocês.
Depois de muita pesquisa e investigação, fiquei ainda em dúvida de quem era o autor. É impressionante como cada vez mais, as autorias se confundem na internet. Acredito que isso seja “culpa” das redes sociais. Nunca frases como essas, foram tão citadas por aqui. Não pensem que eu estou julgando quem faz isso, muito pelo contrário. Faço isso diariamente.
O problema é que de trecho em trecho e post em post, os créditos vão se perdendo e se misturando. No final, sobra um tal de “autor desconhecido” ou, grandes nomes da literatura, levam crédito de textos que nem são de autoria deles. Vejo isso acontecer sempre com Clarice, Dummond, Fernando Pessoa e até William Shakespeare.
Bem, depois de ler o post do Mauricio Stycer, descobri que a frase não é nem de Drummond nem de Gaefke. O texto que anda acompanhado dela pela internet é sim de autoria do Paulo, mas a última frase, essa é de Fernando Pessoa em “O Guardador de Rebanhos”, de Alberto Caeiro). Desfeita a confusão, aproveitei a oportunidade pra saber um pouco mais sobre aquele desconhecido autor de sobrenome difícil. Cheguei até o site Meu Anjo e fiquei encantada por cada texto e palavra escrita ali.
Ele é programador e autor de dois livros de poemas, publicados por conta própria. Criou o site “Meu anjo” em 2000, assinando todos os seus textos com o bordão “eu acredito em você”- e o seu primeiro nome, Paulo. Com uma talento, boa escrita e muito sentimento, seus textos começaram a fazer sucesso na internet. Cada leitor os repassava acrescentando ou misturando com outros que não eram sua autoria. Graças a isso, diversas mensagens do Paulo estão por ai sem a devida “paternidade”, como ‘Revolução da Alma’, que atribuem a Aristóteles (sic), ‘Paciência’, atribuída ao Jabor, e a clássica ‘Recomeçar’ (que também é conhecida por ‘Faxina na Alma’)”.
Atualmente, seus textos estão espalhados pela vida, alguns no “Mais Você”, lidos com a emoção da Ana Maria Braga, em diversos jornais no Brasil, na Itália, Portugal e até do outro lado do mundo, no Japão, passando pela Austrália e até na Nova Zelândia.
Ficou curiosa pra saber mais sobre o trabalho do Paulo? Corre no site e aproveite cada texto! Somos sortudas por termos nessa geração, autores como ele.
“Mesmo perdidos em nossos devaneios,
não deixamos de desejar dois destinos:
um quer a glória passageira da fama,
Outro quer apenas
a vitória sobre nossos dramas,
ser feliz no anonimato do tempo.”