Depois de amanhã

23 de abril de 2012
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Nova mensagem no celular. O coração dispara feito louco. O cérebro libera quantidades significativas de dopamina, feniletilamina e ocitocina. Mas veja só, nós agora sabemos, não é ele. E obrigada operadora, mas não, eu realmente não quero mudar de plano ou participar de uma nova promoção que promete mudar minha maneira de falar com as pessoas que moram longe. Para falar a verdade, não acredito mais em promessas fáceis. E agora, nem em pessoas distantes.

Dessa vez serei sincera. Não sei bem quando essa bagunça começou, e nem se as coisas realmente estão fora do lugar, mas refletir sobre isso tem me feito muito bem. Às vezes, a vida tem dessas coisas. Um pequeno desvio para mudar completamente a direção: Um voo arriscado e inesperado, seguido de uma queda dolorosa e contestável e por fim, finalmente, uma nova realidade e maneira de encarar as coisas.

É isso que faz o hoje se diferente do ontem. E não simplesmente as horas que passaram no relógio. É como eu sempre digo para minhas amigas. Novas cicatrizes disfarçam antigos hematomas. Especialmente aqueles que cultivamos só para saber se ao apertar, ainda vão doer e incomodar como antes. 

O que acontece na alma de quem a gente gosta será sempre um mistério. Uma espécie de labirinto quase sem saída e cheio de surpresas. E cá para nós, ainda bem que é assim. Não teria tanta graça se fosse simples. Se fosse fácil. Mas isso, entendam de uma vez por todas caras que eu possa vir a me apaixonar um dia e garotas que insistem em se apaixonar por idiotas, não tem a ver com o fato do sentimento ser ou não ser sincero e puro. É imprescindível que seja real. Que seja sem limites. Que realmente faça, nos momentos necessários, o resto se tornar insignificante.

Bom, tenho certeza que algumas de vocês ainda não sabem, mas criei esse blog porque levei um fora de um cara em 2008. Ficamos e no outro dia, depois de semanas de papo na internet e promessas, ele desapareceu. Sofri feito uma retardada e resolvi fazer alguma coisa produtiva com aquele maldito aperto no peito. Foi assim que nasceu o Depois Dos Quinze. Que isso sirva de exemplo e faça vocês entenderem: Há males, que depois de amanhã, ou antes disso, vem para o bem.