Você me ensinou a dizer adeus. Pois é, aquele “até nunca mais” aconteceu. Mas não foi só isso, confesso.
Você me ensinou que “as flores são bonitas em qualquer lugar do mundo, muita gente tem forma mas não tem conteúdo.” Você ensinou que são nas pequenas coisas que nos entregamos, aprendi o valor do pequeno. Pequenos momentos que nos dão lembranças grandes. De gente grande, de grande falta. Você me ensinou a diferença entre saudade e falta, porque saudade é aquilo que queremos ter ou viver uma outra vez, e falta… Ah, a falta! A falta é você. A falta é a presença da ausência, é sentir que você não está ali e conviver com isso em paz. É sentir que faço tudo aquilo sem você. A falta é saber que foi e não é mais, nem vai ser. E não querer que seja.
Você me ensinou a entender aqueles poemas e poesias sem sentido, porque quando se lê com o coração a alma agradece e padece. E sabia que te olhava com o coração? Por isso aprendi, mas hoje te vejo com os olhos. Aqueles olhos de ressaca e mágoa que você escolheu pra você. E hoje já não pode me ensinar nada. Mas você me ensinou que tempo é paralelo quando se há intensidade. Ensinou que qualidade vale muito mais que quantidade.
Você me ensinou a gostar de coisas que odiava, por puro preconceito ou orgulho de dar o braço a torcer. Você me ensinou a engolir o orgulho, a me amar mais e lidar com os defeitos alheios.
Você me ensinou a não me importar com o que os outros pensam, pois ninguém enxugou minhas lágrimas, ninguém viveu minha vida e ninguém escreveu minhas palavras. Afinal, o maior erro que se pode cometer é tentar agradar a todos, pois assim, deixamos de agradar a nós mesmos.
Você me ensinou que não existe tamanho quando há força para lutar e sede de vencer. Do jeito mais seu e mais irritante possível, me ensinou o que é amar alguém sem medidas ou pés atrás. E exatamente por isso, hoje sei que o mundo é das pessoas que mandam em seus sentimentos.
Mas a melhor que coisa que você me ensinou foi a dizer adeus. A dar adeus para os oportunista com “palavras amigas”. A dar adeus para tudo que não me faz bem, que não é leve, doce e um pouco louco.
Então te disse adeus. E aí aprendi mais uma coisa. Aprendi que para aprender nunca precisei de você ou de mais ninguém, porque para aprender é só olhar para dentro, e nunca para trás. E pra não dizer que não falei das flores, obrigada, pois jamais serei aquela que ama fugindo.