Todo mundo tem uma amiga romântica e outra baladeira. Uma que gosta de sair e costuma mergulhar de cabeça nos relacionamentos e outra que está sempre apaixonada e vive escrevendo textos de amor para amores platônicas que aparecem e desaparecem antes mesmo de se tornarem algo realmente sério. Quem as conhece por fora sabe que elas são garotas completamente diferentes, mas você, que é uma amiga de longa data, sabe muito bem que o que as duas buscam lá no fundo, mesmo que de maneiras opostas, é apenas um pouquinho de felicidade.
Tudo isso acontece porque na adolescência construimos nossa própria personalidade. A parcela de independência que adquirimos nessa fase da vida, nos permite mostrar para o mundo quem somos ou queremos ser. Isso tem a ver com o jeito que nos vestimos, as pessoas que andamos, os lugares que frequentamos e principalmente, as atitudes que tomamos.
Cada pessoa nasce com um tipo de aspiração. Como assim? Vou tentar explicar de um jeito mais simples. Alguém aí já jogou The Sims? Pois nas primeiras etapas do game, criamos nosso personagem, certo? Temos que escolher cor dos olhos, cor da pele e até que roupa ele vai usar na hora de dormir. Em seguida, precisamos decidir o que ele vai querer da vida: paixão, dinheiro, sucesso, uma casa cheia de animais de estimação, filantropia, baladas, ter filhos e tudo mais que a extensão que você estiver jogando permitir.
É uma comparação besta, eu sei, mas na vida real é mais ou menos assim. Infelizmente, ao contrário do jogo, não podemos decidir qual será nossa real aspiração quando nascemos. Durante a infancia e pré-adolescência, nossos pais devem nos ajudar a descobrir. Quando isso não acontece, precisamos fazer durante a fase adulta. Dizem que é tarde demais, mas não acredito que seja. Acho que algumas pessoas realmente precisam testar mais possibilidades para conseguir entender e se entender. O importante é continuar tentando.
Por que contei toda essa história? Para explicar que é por isso, que às vezes, o que é super legal para você é um saco para sua melhor amiga. Profissão, baladas, amigos, viagem, filmes, livros e até namoro. Não tem nada de errado nisso. Aliás, não é só você que se sente assim. Até a Miley Cyrus e Taylor Swift passam por isso.
Recentemente, as duas entraram em uma enquete feita pelo repórter do E!, Ken Baker, que comparava a maneira com que elas levavam suas vidas amorosas. Uhhhh. Climão.
Miley postou aprovando a enquete e logo os fãs da Taylor se irritaram. Algum tempo depois, a cantora acabou desabafando no twitter: “Não existe climão de tuítes aqui. Não comecem a fazer isso parecer algo dramático que eu tenha começado. Eu ri porque eu sei. Pessoas idiotas me chamam de puta quando fico noiva aos 20 anos porque estou perdidamente apaixonada por UM homem. Estou feliz porque alguém finalmente falou”, comentou Miley no Twitter.”
Ok. Não tem nada de tão interessante no que aconteceu. Mas quando li a “polêmica” fiquei imaginando que existem milhares de garotas no mundo inteiro que se sentem exatamente como elas. Graças a julgamentos alheios, sofrem em silêncio e acabam fazendo o mesmo: julgando umas as outras. Tá errado gente. Sei que isso é coisa típica de ser humano, eu faço, você faz, mas sinceramente? Não vale a pena ficar cultivando esse tipo de sentimento.
Meu recado de hoje é para Miley Cyrus e Taylor Swift, seja lá onde estiverem. Primeira coisa: tudo bem vocês serem bem diferentes. Sabe, desejarem coisas opostas da vida amorosa, aparência e também da carreira. Até onde eu sei, não temos um padrão. A péssima notícia que eu tenho para dar é que as pessoas vão sempre se sentir no direito de julgar a maneira que levamos nossa própria vida. Tem a ver com liberdade de expressão e falta do que fazer. Ou seria pauta nos jornais e revista? Também. Tudo isso é o preço pagamos diariamente pela exposição necessária da mídia na nossa carreira.
Precisamos, sim, eu e muitas outras garotas também, aprender a ser feliz sem a aprovação do mundo inteirinho. É uma tarefa complicada, é preciso muito autoconfiança e introspecção, mas quando conseguimos fazer isso, paramos de ter medo do mundo que existe fora da nossa mente. Nos tornamos capazes de domina-lo. Quer aventura para vida melhor que essa?