Eu sei que você não suporta mais ler textos de retrospectiva. Eu já fiz o meu e li pelo menos uns trinta nos blogs que visito ou facebook de amigos. É curioso como ficamos sentimentalistas nessa época do ano, né? E olha que eu nem sou dessas coisas. Acho que a única diferença entre ontem e hoje é o jeito de escrever o ano no papel. Na época em que eu ainda estudava, confesso, isso era um problema na hora de fazer provas. Vivia rasurando. Só lá no meio do ano que eu finalmente acostumava e aí já era quase o momento de mudar novamente. Enfim, voltando ao assunto, acredito que se quisermos de fato que alguma coisa mude na nossa vida, não precisamos esperar um dia específico do ano. É só acordar e fazer.
No entanto, acho legal essa coisa de fazer um breve balanço das nossas últimas escolhas e atitudes. É legal para colocar as ideias e objetivos em ordem. Com a correria cada vez mias comum na rotina, seja de estudos ou trabalho, acabamos colocando tudo no automático e independente da época do ano, considero muito importante saber o que ser quer dessa vida. Então lá vamos nós estipular algumas metas para os próximos 365 dias. Será que consigo alguma coisa antes disso?
1. Aprender a andar de patins
O primeiro passo eu já dei: comprei meu tão sonhado patins. Foi meu próprio presente de Natal atrasado. Fui lá na Traxart do Shopping Ibirapuera (eles tem site também) e comprei todo o equipamento (conto mais detalhes em um outro post). Como vocês podem ver na foto, escolhi um modelo um pouco diferente. Igual àqueles que as ajudantes do Carrefour e Extra usam. Não me perguntem o motivo ou a diferença na hora de andar (nunca andei com o outro). Falaram que é mais difícil, mas sempre tive vontade de ter um assim. Então, tô nem aí…
Hoje, primeiríssimo dia do ano, foi a primeira vez que andei de patins na vida. Levei uns vinte tombos, mas me diverti pra caramba. O parque do Ibirapuera é um lugar meio mágico, sabe? Todo mundo que anda por lá parece mais feliz e vivo. Quero criar essa rotina na minha vida. Um pouco de sol, um pouco de aventura e muita risada.
2. Aprender Inglês
Como vocês podem ver nos vídeos em que tento pronunciar nomes de marcas gringas, meu inglês é péssimo. Fiz uns dois meses de aula ano passado e intercâmbio de um mês para Inglaterra. O que infelizmente não foi o suficiente para fazer essa minha cabeça dura pegar jeito pela coisa. Sei que dá para aprender inglês pela internet, mas nos últimos meses andei tão ocupada (com o livro, revista, jobs, viagens…) que acabei não conseguindo me dedicar a isso como deveria. E olha que eu já passei uns apertos e perdi oportunidades incríveis por não dominar tão bem a língua. Então, para os próximos meses, quero entrar para um curso de inglês e fazer exercícios no computador. Quero tempo para assistir minhas séries legendadas também. Tudo o que eu sei aprendi assim.
3. Entrar na faculdade
A-há! Minha mãe deve ter dado um pulinho por este tópico estar aqui. Parece que ver a filha formada é o seu grande sonho. E eu até entendo, só não sei se concordo com essa prioridade que minha família em geral dá para a faculdade. Quero dizer… Eu já tenho o curso técnico do CEFET como técnica em informática industrial e alguns trabalhos fixos com contrato. Também tenho o livro e o blog. O que claro, não garantem o meu futuro, mas já ocupam meus dias e noites, me sustentam em São Paulo e ajudam no projeto de realizar o meu próximo grande sonho (comprar um apartamento). Tenho dezoito anos hoje e acho que se eu entrar na faculdade com dezenove ou vinte o mundo não vai acabar. Penso que agora preciso focar no que deu certo e me dedicar o máximo possível naquelas oportunidades que estão surgindo. Como escrever um novo livro, fazer outro intercâmbio e atualizar o blog pelo menos 3 vezes por dia. Algumas delas exigem demais de mim, e às vezes, tenho medo de querer fazer muita coisa ao mesmo tempo e no final das contas não fazer nada direito. Quando eu estiver na faculdade, quero ser uma aluna de faculdade. Ter tempo para estudar, fazer os trabalhos, ter colegas de classe… Enfim, ter uma vida de estudante como outra qualquer sem ter o aquele peso na consciência de ter deixado tudo que trabalhei por tanto tempo para um depois que pode nem existir.
Tá Bruna, mas se você não vai fazer faculdade porque colocou isso na lista? O que te fez mudar de ideia então? Resposta certa: As pessoas. Pode parecer loucura para vocês agora, mas sinto muito falta de lidar com pessoas. Apesar de lidar com elas o tempo inteiro na internet. Trabalhar em casa é um pouco solitário. Vejo todos os meus amigos na faculdade, no trabalho, no estágio, enfim, saindo de casa. Não ter uma vida normal de adolescente me afasta um pouco da realidade do meu público, ou seja, de vocês. O que não é nada interessante, nem para o blog, nem para o meu futuro livro (que já está sendo escrito) ou qualquer outro projeto que possa surgir. Concordam?
Então, para 2013, quero entrar na faculdade. Muito provavelmente no meio do ano, depois do lançamento do novo livro. Antes disso devo correr atrás de algum curso legal. Uma leitora comentou dia desses de um que a Belas Artes tem de roteiro. Fiquei de passar por lá semana que vem. Quem sabe não é assim que vou descobrir o meu curso na faculdade? Ainda estou em dúvida entre cinema, jornalismo e publicidade.
4. Ter uma vida mais saudável
Adivinhem quem descobriu que está com gastrite? Isso mesmo! Euzinha! Achei que estava fazendo a dieta mais linda do mundo comendo pouco e poucas vezes por dia e no final das contas, estava é maltratando meu pobre estômago. O estresse da cidade grande também ajudou, vai! Agora serei obrigada a mudar meus hábitos alimentares (e olha que eu já sou super saudável). Pretendo aproveitar essa coisinha chata que me obrigada a tomar remédio toda manhã e atualizar novamente a categoria dieta. Vou na nutricionista em breve e comprei um livro que fala sobre esse assunto. Quem sabe não é agora que eu volto para os meus tão sonhados 60kg? Esse combo de intercâmbio + lançamentos + festas de fim de ano me deixaram apenas com 10 kg a mais. Saudade das minhas calças jeans que hoje se encontram abandonadas por motivos de: não entram no quadril.
5. Me importar menos
Com esses quatro anos de blog criei uma ótima autodefesa. Pelo menos quando o assunto é opinião e julgamentos alheios. Os haters anônimos que surgiram nos comentários, querendo ou não, me ajudaram nessa tarefa. Se antes eu morria de medo do que poderiam pensar, agora desejo exatamente o contrário, quero é que pensem mesmo. Pensem nos assuntos que falo aqui no blog, lá no twitter ou até pessoalmente. Que apontem os meus defeitos, mas que ao fazer isso, percebam o quão perda de tempo é se preocupar com o que o outro faz ou deixa de fazer da vida. Ser diferente e querer coisas diferentes é algo absolutamente normal. A felicidade interna de cada um, para ser completa, almeja distintas escolhas, entendem? Essa maldita necessidade de aprovação alheia é totalmente desnecessária. Quando nos tornamos livres desse vício, que infelizmente se tornou muito comum graças às redes sociais, somos mais felizes por fora e principalmente por dentro. Ou seja, somos mais reais. É isso que quero para 2013.