você está lendo É possível ser amiga do ex após o término?

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Passamos a maior parte da nossa vida esperando o amor dar as caras. Abrimos a janela, destrancamos a porta e colocamos na mesa todas as nossas expectativas. Não importa quantas vezes já aconteceu antes. Quanto o assunto em questão é o amor, somos sempre um pouco ingênuos e imaturos. Parece igual, mas lá no fundo, dói diferente. O perfume é outro. Imaginamos o primeiro beijo, o primeiro dia com a luz do quarto apagada e o primeiro “eu te amo” dito olho no olho. Mas nunca imaginamos como será o término. Será o definitivamente o fim? Talvez e isso independe de quem bateu a porta primeiro. Quando atravessamos aquela linha, que inicialmente parecia tão forte, mas no final das contas se mostrou tão frágil, tudo se transforma.

A dor da perda é a consequência dos dias mais felizes da nossa vida. Quando acreditamos na verdade de um sentimento, deixamos que ele nos transforme aos poucos e mostre o melhor caminho a ser seguido. Nem sempre lembrar desse caminho é fácil. Nem sempre voltar por esse caminho é necessário. Às vezes, o amor nos muda tanto, que aprendemos um jeito de nos reinventar. Não é tão simples. São dias olhando no espelho e contemplando as lágrimas que não param de descer ao som daquela tal música. Potes de sorvetes napolitano e temporadas de séries que fazem sua vida parecer tão sem graça quanto a de uma formiga de cozinha.

E então, em uma madrugada de terça para quarta, ele manda mensagens dizendo que ainda quer ser seu amigo. Ou talvez, você perceba, olhando um casal de amigos se divertindo no metrô, que sente tanta falta daqueles momentos que seria capaz de guardar todo esse sentimento dentro do peito só para ouvir aquela voz novamente. O que fazer? Tentar começar a mesma história de um jeito diferente e abrir mão de outras possíveis possibilidades? Parece loucura para você? Soa como suicídio? Minha opinião? Talvez um pouco de cada coisa.

São pouquíssimas pessoas no mundo que me completam e fazem com que eu me sinta totalmente à vontade. Para andar descalça e colocar o óculos de grau. Eu poderia contar no dedo e passar o resto da madrugada descrevendo o quanto foi difícil deixá-las entrar na minha vida. Não é uma coisa que eu tenho muito orgulho em dizer, para falar a verdade. Sendo assim, acho desperdício deixar que elas se afastem e se percam simplesmente porque, em uma determinada fase, o relacionamento não foi a melhor opção. Mesmo depois de muitos erros e tentativas. Quando finalmente olhamos a situação com outra perspectiva, fica mais fácil aceitar que ninguém é de ninguém e que o importante mesmo é ter feito tudo que poderia ter sido feito.

Na teoria parece fácil, eu sei, mas na prática e misturado com um milhão de sentimentos que ainda latejam, é preciso muita maturidade e respeito. Características que convenhamos, é base de qualquer relacionamento. Seja amizade ou amor. Os dois envolvidos precisam querer coisas parecidas. Talvez estipular limites seja uma opção. Ou quem sabe, se ainda houver esperança, fazer com esses limites já tão presentes nos tradicionais “relacionamentos sérios” se explodam. A verdade é que as coisas nunca serão como antes. Nunca mesmo. Aprendi dia desses que essa é justamente a melhor coisa de ainda ser amiga de um ex.

Como esse é um assunto bem polêmico, resolvi criar uma enquete para saber a opinião geral da maioria. Para participar é só clicar nesse link e responder a pergunta (menos de 30 segundos). Caso alguém aí tenha alguma experiência interessante para compartilhar, usem os comentários do post.