Estúpido Cupido

25 de junho de 2013
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ex-ex

Hoje eu vou dar motivos para você nunca deixar de amar o seu ex.

Calma? Eu [ainda] não enlouqueci. É só um pensamento bobo que me veio hoje cedo ao ler a publicação de alguma desconhecida no facebook. Aliás, tá para nascer lugar melhor para buscas de pautas que essa rede social do Markinho. As pessoas deixam tanto de sí ali. Portanto, obrigada. E, talvez, desculpe.

Voltando ao assunto do texto: a menina, talvez leitora aqui do blog, publicou algo mais ou menos assim “Ex bom é ex morto”. Eu revirei os olhos, lógico, mas aquilo me fez pensar.

Não sou tão experiente quando o assunto é relacionamento [embora eu escreva sobre isso frequentemente]. Talvez a palavra certa seja intensidade. Agora sim. Bem melhor. Eu gosto mesmo é de descobrir o limite das coisas. Das pessoas. O meu.

Pois bem, durante os meus 19 anos, namorei três vezes. Três caras completamente diferentes que despertaram sentimentos distintos aqui dentro. Quando chegaram, mas principalmente quando partiram. Cada um deles apareceu numa fase. Então, presumo, conheceram Brunas diferentes.

A Bruna carente. A Bruna insegura. A Bruna que só queria ficar na internet blogando. A Bruna que tinha vergonha do próprio corpo por pesar 62. A Bruna que sonhava em se mudar para a cidade grande. A Bruna que não conseguia confiar em ninguém.

Eles sempre foram pacientes comigo.

Não deram certo por diferentes motivos: um deles me sacaneou, o outro não conseguiu lidar com a distância e também houve o que me cobrava demais.

É óbvio que assim como qualquer outra garota apaixonada, chorei, escrevi crônicas de amor, cartas, poemas, músicas, emails, mensagens, indiretas e tudo o que me parecia o correto a ser feito. E enter.

Nem sempre eles se importavam. Nem sempre eles se importarem fez diferença. Não é fácil ser sensível, amigos. Já avisei.

O tempo não cura os nossos sentimentos, mas o universo nos mostra que eles podem sempre renascer de um jeito diferente. Isso só é possível porque amadurecemos durante cada relacionamento. Acho que as pessoas, quando especiais, nos transformam. O jeito que isso acontece não é algo que controlamos, mas a maneira que lidamos com nossos sentimentos e as consequências das nossas próprias atitudes é.

Essa é a grande diferença.

Lembra das fábulas que nossas mães e professoras nos contavam? Então, é mais ou menos por aí. Só que agora o moral da história é você, apenas você, que define.

Transformar a raiva em rima. A dor em versos e depois, quando for a hora, virar a página. Sem rasgar. Sem queimar. Sem voltar. É do seu livro que estamos falando. Não dá para passar o tempo todo lamentando por um final feliz que não veio.

Nem era o final.

Por fim, afirmo: eles, nossos últimos amores, são bons rapazes. Imperfeitos. Cheios de vicios e manias. Mas sem cada um deles, talvez, ainda seríamos aquela garotinha que o diário abandonado na estante descreve. Bobinhas e sem histórias [reais] para contar.

O cupido é um cara sábio, mostra, do jeitinho dele, o que precisamos aprender em cada época da vida.

Penso assim.