você está lendo Um dia com HP no Youpix 2014

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Semana passada rolou o Youpix aqui em São Paulo e eu participei do evento a convite da marca Hp. A ideia era montar um final alternativo para o meu último livro, mas no final acabamos fazendo um bate-papo e depois uma brincadeira com os leitores presentes: assim como Anita, a personagem principal do De Volta Aos Quinze, eles teriam que quebrar as regras viajando no tempo e mudando um dia de suas vidas.

Quem contou a melhor história foi o @matheuselisei. Ele ganhou os meus três livros autografados e produziu um texto no notebook HP Pavilion x360 (sim, ele gira 360º e se transforma em tablet). O conteúdo foi impresso nas impressoras Ink Advantage, via mobile printing. A tecnologia que permite que o usuário mande o arquivo a ser impresso para a Ink via e-mail, da onde estiver. Depois disso todo mundo tirou foto e registrou o momento!

Como nem todo mundo estava lá para ouvir a história, como prometi nesse post, vou compartilhar o texto aqui no blog também. Já de cara gostaria de agradecer ao Matheus por ter aceito quebras as regras com a gente.

QUEBRANDO AS REGRAS por Matheus Fernandes Elisei

O alarme do celular tocou, me levantei, esfreguei os olhos, e o desliguei em seguida. Assim que vi a data me assustei, era 10 de novembro de 2012. No primeiro momento achei que o celular estivesse com problema, pois já passava da hora de trocá-lo. Abri o armário, e me perguntei onde estavam as camisetas que comprei semana passada, e a calça que minha mãe havia me dado de aniversário. Coloquei uma bermuda jeans e uma camiseta preta antiga e quando abri a sapateira para pegar um tênis vi o calendário fixado na porta. A data marcada nas folhas era a mesma: 10 de novembro de 2012. Não podia ser mais uma coincidência. Liguei a televisão e reparei que os jornais mostravam a data mais uma vez. Abri a janela. O prédio que foi construído recentemente havia desaparecido!

Atordoado fui até o banheiro e lavei meu rosto, e me lembrei: 10 de novembro, foi quando tive aquela conversa com meus pais, quando eles definiram o que eu iria fazer daquele dia em diante. Era como se alguém tivesse me explicado: eu havia ganhado uma chance para mudar tudo isso. Ouvi uma voz gritar meu nome, abri a porta do banheiro e era minha mãe, o almoço estava pronto. Olhei para a mesa onde minha família sentada e tive um déjà vu, lembrava exatamente de como tudo aconteceu.

Comecei a comer, apenas esperando eles começarem a conversa. Não demorou muito. “Você já escolheu o que vai cursar na faculdade?” meu pai perguntou. Dei a mesma resposta da primeira vez, “Quero fazer cinema!”. Antes mesmo de terminar minha mãe disse “Cinema não é uma carreira fácil, não vamos te sustentar para sempre, você precisa fazer um curso que garanta seu futuro, como sua irmã que está fazendo direito em uma das melhores faculdades do país!”. Não tive tempo para responde-la, meu pai emendou mais uma pergunta na fala dela, “E você sabe que para passar em uma boa faculdade, não pode ficar nessa escola, né?! Precisa de um ensino mais forte.”. Era minha deixa, fosse quem ou o que me tinha dado essa chance eu não podia desperdiça-la. Olhei para eles e disse “Já tivemos essa conversa diversas vezes, eu gosto dessa escola, dos meus amigos, e enquanto eu me dedicar e estudar eu sei que posso passar em qualquer curso. Vocês tinham os sonhos de vocês e eu tenho o meu, sempre quis fazer cinema, e eu só preciso do apoio de vocês, porque o único jeito de descobrir se isso vai dar certo ou não é tentando, porque não existem erros e acertos, só escolhas. Essa é a minha e eu ficaria muito feliz se confiassem em mim.”. Só quando terminei percebi o quão rápido havia dito tudo aquilo com medo de ser interrompido, talvez.

Eles olharam um para o outro, depois para mim e ficaram um ou dois minutos em silêncio, e foi quando minha mãe falou “Tudo bem, mas isso é uma chance, não nos decepcione. Pode fazer a faculdade que quiser, desde que passe de ano com notas boas, e consiga uma boa colocação no vestibular. Quem sabe assim você não consiga uma bolsa de estudos ou algo do tipo”, terminou com ar otimista. Levantei correndo, a abracei e enchi de beijos. Nunca tinha estado tão feliz e com um sorriso de orelha a orelha dormi naquela noite.

No dia seguinte, o mesmo celular me acordou, mas a data que ele marcava era outra, de dois anos depois. O prédio vizinho estava lá na vista da janela, as roupas novas estavam no armário e o calendário ao lado dele também tinha sido atualizado. E eu? Eu estava muito agradecido por ter tido essa segunda chance.

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