Acho que já me apaixonei de verdade umas cinco vezes nessa vida. Foram cinco caras legais que me olharam de um jeito diferente e me fizeram acreditar por algum tempo que eu era a garota. A única do mundo que tem as respostas das perguntas que eles não tinham coragem de fazer pra mais ninguém. Clichê, eu sei, mas é exatamente assim que você se sente quando alguém diz que te ama na adolescência.
Então vem cá, aprende de uma vez: o que nos faz especial não é o fato de conseguirmos nos tornar exatamente quem o outro espera, mas sim a certeza de que nascemos completas e que se for pra ficar com alguém, que seja um cara que acrescente e não nos diminua. Um cara que enxergue peculiaridade onde nós só enxergávamos defeitos. Enquanto não nos conhecermos e aceitarmos, não saberemos como receber o amor que vem do outro.
Voltando aos caras: nem todos foram sinceros o tempo todo, provavelmente um deles nunca me levou a sério de verdade, mas cada um deixou em mim, mesmo sem saber, uma lição diferente. Quando você ama e não dá certo você aprende a se colocar no lugar do outro. Entende de que joguinhos só funcionam nos filmes e que a sinceridade é o caminho mais curto pro final feliz, que não necessariamente é ao lado dele. Quebrar a cara e virar a madrugada pensando no que aconteceu é sinônimo de ter o que falar no bar, de ter conselhos pra dar quando sua amiga ligar desesperada ou sei lá, saber o que escrever num texto como esse. Viu só? O amor nunca é em vão. Nem quando não dá certo. Nem quando você sente vontade de colocar tudo pra fora no banheiro às 4 da manhã. Nem quando as coisas estão indo bem e no outro dia a pessoa simplesmente desaparece.
O que torna o amor algo tão único é justamente a imprevisibilidade. Não há como prever o que outro sente nem o que nós sentiremos depois de amanhã. Todas as teorias que crio deixam de fazer sentido quando me apaixono novamente e percebo que cada pessoa é diferente da outra. Então, meu único conselho que realmente vai fazer diferença na sua vida é: admita que você não sabe absolutamente nada sobre o amor. E assim, só assim, você se sentirá livre pra viver o que ele pode te proporcionar.
Escrevi esse texto pra falar sobre um lançamento muito especial em parceria com a Capricho: “Eu Não Sei Nada Sobre o Amor” é um livro que reune as melhores colunas que escrevi para a revista nos últimos três anos. O lançamento, que será meu sétimo livro (OMG!), chega às livrarias no dia 9 de outubro. Para saber mais detalhes é só ficar de olho no site da Capricho.