Para tudo nessa vida tem jeito. Além disso, sempre existe um aprendizado a ser conquistado no caminho. Porém, pensamos que, só porque as coisas não vêm com regras escritas em uma folha de letrinhas miúdas, podemos ir vivendo para ver no que dá. O que a gente cedo ou tarde acaba entendendo? Que não é bem assim que a banda toca.
Quando estamos há muito tempo em um relacionamento sério, a gente aprende que é importante acertar os ponteiros para que a paixão continue existindo. Porque, claro, é fácil seguir amando aquela pessoa pela qual você nutre um carinho tão grande e admira imensamente, mas a paixão, aquele fogo igual ao do primeiro dia em que vocês ficaram juntos, ela é um pouco mais complicada de ser mantida.
O ser humano é imperfeito por natureza. Todos nós temos nossos dias coloridos e os que são em tons de cinza. Disso a gente entende perfeitamente! Não dá para esperar que a pessoa esteja sempre com um sorriso no rosto e o tom de voz animado, pronta para topar qualquer parada. Apesar disso, algo bem diferente é ir deixando a convivência se tornar amarga – justo ela, que costumava ter um sabor tão docinho…
Não dá para estragar aquilo que é bonito pensando que o amor vai sustentar tudo. Ele não vai e, se você continuar com esta esperança, uma hora o fio que liga você e o seu par será cortado abruptamente e cada um irá para o seu lado. Por isso, é importante continuar zelando para que a relação continue boa para ambos.
E então você me pergunta: como? O cotidiano escapa rápido das nossas mãos e, quando você vê, lá se vai mais um dia em que fomos guiados pelos instintos. Não está conseguindo entender onde eu quero chegar com todo este raciocínio? Então aí vai uma experiência pessoal que pode exemplificar melhor tudo isso:
Depois de algum tempo de namoro, a gente aprende que…
As diferenças podem conviver bem. Você já cansou de discutir pelos mesmos motivos e acredita que a pessoa vai continuar pensando de um jeito oposto ao seu? O importante é não teimar em tentar transformar a personalidade que vive em conjunto com a sua, e sim aprender com ela. Não seria muito chato se vocês fossem completamente iguais em tudo?
As duas pessoas irão amadurecer. O tempo tem o poder de trazer isso, junto com novas ideias, novas músicas, novos gostos e novas preferências. A mudança faz parte de cada um de nós.
Vocês dois são pessoas distintas. Por isso, cada um tem liberdade para fazer o que bem entender. Ninguém é dono de ninguém e você não precisa provar nada. Ciúme é natural, mas não dá para se acorrentar a ele.
O tempo é valioso. Discussões podem servir para acertar as coisas, entender o pensamento do outro e mostrar com clareza como se dá o seu. Mas a agressividade, a rispidez e a ironia, não. Se o sangue subir, vale a pena respirar fundo e procurar manter o controle para continuar uma conversa sem ataques – porque aí não é mais conversa, vira uma batalha de acusações.
A surpresa é um combustível. Não precisa gastar uma grana doida em um passeio de balão no final do mês ou na conta do restaurante super badalado: seja criativa! Surpreenda no bombom inesperado em cima da mesa e no beijo cheio de carinho durante um momento de desconcentração. Fuja da rotina! Aliás, falando nela…
Não tem muito como escapar, a gente sabe, porque a rotina será criada automaticamente. Por mais que você construa um namoro cheio de adrenalina, como aqueles dos filmes – o que é um tanto difícil – o cotidiano vai se estabelecendo aos poucos. E se você é do tipo de pessoa que detesta quando vê que algo se tornou um ritual, basta trocar os velhos costumes por novos, fazendo do namoro uma longa e excitante aventura experimental. Sonhar junto também é muito bom, e isso pode fazer uma diferença enorme.
Namoro é pra trazer mais do que companhia. É uma relação que cria intimidade, felicidade, bons momentos e novidades. Depois de algum tempo de namoro, isso tudo precisa continuar existindo.
Porque, caso contrário, não é namoro, e sim uma prática costumeira que envolve você e outra pessoa, que, agora, só está ligada a você por conta de velhas lembranças. E não é isso o que queremos. Certo?