Somos bobos

31 de agosto de 2016
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Foto: Reprodução

Dia desses, comentaram que nós formamos um dupla muito engraçada.

É doido pensar nas coisas que frequentemente são ditas para um casal: vai de “vocês combinam tanto” até “que gracinha, vocês dois”, passando por muitas outras observações externas de quem curte uma foto no Facebook, vê uma batatinha frita sendo roubada no fast food, olha uma mão entrelaçada andando na rua…

Neste caso, tenho certeza, nos viram fazendo alguma de nossas gracinhas de sempre.

Alguma coisa diferente que você me mostrou e eu tentei superar na bizarrice, uma maluquice inesperada no meio do nada, aquele seu sorriso de lado que me fez ler teus pensamentos na mesma hora – me fazendo adivinhar qual foi o motivo dele e me levando a uma risada descontrolada, num lugar onde não podíamos rir.

O processo que levou ao riso? Eles nunca saberão. Essa nossa conexão fica por nossa conta, já que, afinal, se explicássemos, ninguém entenderia, mesmo.

Como uma linha invisível, esta conexão é um sussurro de mim para você ou de você pra mim, e sempre gera um sorriso ao final das frases. Sem que nem ao menos tenhamos aberto nossas bocas para que alguma palavra saia dali. Apenas acontece.

O negócio é que não sei se aquilo que disseram foi numa entonação positiva ou negativa. Afinal, quem sabe? O engraçado, para mim, é bom, mas, dependendo do ponto de vista, pode ser algo sem pé nem cabeça, esquisito, estranho…

De qualquer forma, perco meu tempo assim, trabalhando em cima de hipóteses. Se for este o caso, quem é que se importa? Esta é a vantagem de ter alguém tão incrível ao seu lado, para te acompanhar em todas as aventuras – você passa a se preocupar ainda menos com os olhares externos.

Eu me interesso mesmo é pela próxima palavra que nós vamos inventar, pelo significado que aquela tarde maluca vai deixar em nós, pela mania que desenvolveremos, pelos risos e por todos os momentos felizes que ainda passaremos juntos.

E sei que teremos mais um monte deles pela frente.

Porque eu me interesso exatamente por você ser assim, desse jeito que combina tanto com o meu e que, sei lá, para quem vê de fora, pode ser até meio bobo.

E, olha, se “ser bobo” é te olhar de volta com o mesmo brilho no olhar e viver o momento ali, contigo, sem me importar com mais nada ao meu redor, então somos mesmo muito bobos. Bobinhos de tudo!

E eu amo ser assim.