A sua baixinha

19 de outubro de 2016
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Foto: Reprodução

Dia desses, me peguei pensando sobre como seria a minha vida se eu tivesse tomado decisões diferentes lá atrás. Se não tivesse saído para este ou aquele lugar, encontrado os amigos que tenho hoje, feito as coisas que e fiz e… bem, se não tivesse te conhecido.

O meu mundo seria muito diferente, é claro. Não sei exatamente como eu estaria agora e qual seria a minha realidade se a gente nunca tivesse se encontrado nessa vida. Falando sobre amor: será que eu estaria com outra pessoa? Será que não estaria com ninguém?

Para cada caminho que optamos seguir, deixamos uma infinidade de hipóteses para trás.

É engraçado. Temos as pessoas da nossa família ali, nos cercando desde que nos entendemos por gente, todas ligadas por este elo eterno. Mas os amores não são assim: vem de outras ruas, outros pais e mães, outros costumes e às vezes, sei lá, até de outros países! De repente a gente se apaixona e alguém assim tão diferente passa a ser uma pecinha fundamental dos nossos dias.

Gente que nem a gente, que, de uma forma ou outra, longe ou perto, está sempre andando junto e fazendo parte de nossas vidas, nos complementando de alguma forma, nos compreendendo sempre que possível, dando carinho incondicional e sendo a companhia mais apaixonante de todas, que nos traz vários suspiros.

Sendo, enfim, alguém pra chamar de amor. Aquela ou aquele que nos faz mudar o status de relacionamento nas redes sociais e pega na nossa mão para curtir as coisas lá fora, aproveitando desta felicidade mútua.

E aí, irremediavelmente, ficamos ligados a algo e, ao mesmo tempo, nos sentimos livres para sair pela porta quando quisermos, e isso é bem louco. A única coisa que nos une é mesmo o nosso amor.

Por isso, concluí que é uma sorte danada poder, hoje, estar com você e te dar quantos abraços eu quiser. Desfrutar da afeição de alguém que nunca imaginei encontrar, mas sempre desejei ter ao meu lado. Te ouvir falar as coisas lindas que me fala, que fazem meu estômago se encher de borboletas.

Erguer os pés para te alcançar e ouvir da sua boca assim, bem de pertinho, que sou a sua baixinha. E me derreter toda ao saber que, só nestas simples palavras, cabe um significado infinito – que apenas a gente conhece.