As pessoas existem. Não como meros efeitos de algo maior, mas cada uma com seu significado próprio de existência. Dando continuidade a algo, sendo algo, unindo-se para algo e, enfim, fazendo o que bem entendem, mas provando todos os dias de sua individualidade junto ao coletivo que nos abraça.
Elas estão aí, espalhadas por todos os cantos, cada uma com seus pequenos mundinhos dentro do nosso grande mundão.
Em determinado momento da nossa vida, depois de anos nos relacionando com quem faz parte de nossos círculos, percebemos a importância das pessoas em nossa vida. Os amigos valem ouro, a família é preciosa… A gente vê o real significado de se importar e valorizamos aquilo que construímos com estas pessoas até então. Percebemos que, além de olhar para dentro, também temos que olhar para os lados. Para aqueles que estão ao nosso lado.
E aí, nessa, vamos nos relacionando de uma forma bem diferente com algumas pessoas que chegam de mansinho e participam de nossa vida de um jeito novo. Não é amizade, não é amor fraternal, é algo que causa um rebuliço inédito e, quando a gente sente, logo vê: é como se aquela pessoa fosse uma parte de você, moldada para se encaixar com a sua pecinha e, assim, formarem um par.
Que doideira pensar que existe algo tão mágico assim, não é? E você sente como se precisasse disso. É um sentimento que te completa e te estimula.
Todas as outras pessoas são imprescindíveis, mas essa… não dá para explicar. Não é como se ela fosse mais importante, você jamais irá passá-la na frente da fila dos que sempre estiveram lá por você. É mesmo algo peculiar em meio ao montante de sentimentos que vêm de todos os seres que vivem no seu mundo.
É o amor romântico, a beleza do querer. Aqui, a “posse” cabe na oração no sentido de um coração morar dentro do outro. O envolvimento de duas pessoas que se preserva em cada pulsação.
E aí você se pega pensando: como é que esse sentimento tão grande conseguiu se apossar do seu corpo inteirinho? Feito doença, mas que não derruba e que vem para o bem – você sempre se virou sozinha, mas agora parece o polo de um ímã esperando por outro para se unir. Na sua mente, tudo vira flor e você percebe que, no meio de tanta gente, encontrou um novo tipo de felicidade – para provar e fazer morada.