A gente não tem que estar bem o tempo inteiro, sabe?
Depois de um dia em que as coisas não saem como esperávamos, não vou exigir que você esteja com um sorriso de orelha a orelha ou num clima bom para que façamos uma festa, desenvolvamos alguma ideia ou escutemos o disco animado do qual tanto gostamos.
É claro que um tem que acompanhar o outro – mas isso depende de nossas distintas realidades, que nem sempre estão em suas melhores fases.
Teremos dias em que eu não estarei tão empolgada com a vida e minha fé poderá ser resumida a um pequeno grão de pólen que, ao menor dos ventinhos, pode partir para outras bandas (antes que mesmo que eu pisque meus olhos). Por enquanto, você conhece a minha parte boa, aquela que guarda a positividade e a esperança na vida para brilhar junto a ti. Só que a convivência traz consigo o tempo – e ele, sempre implacável, entrega todos os estados de espírito.
E olha que eu me considero uma pessoa que tenta enxergar e tirar o melhor das coisas na maior parte das horas! Só que, mesmo que isso aconteça, ainda tenho meus momentos. Somos seres humanos, não é?
Veja, não estou me referindo apenas a dias estranhos e errados, mas também aos cliques que a vida dá, nos quais, de repente, as coisas não parecem mais tão lindas. Não somos feitos apenas de felicidade – sabemos bem que precisamos de todos os outros sentimentos dentro de nós, assim podemos parar e ouvir, silenciosos, o retorno que o mundo dá. E então, aprendemos a ser pequenos em detrimento do todo… e depois voltamos a brilhar como antes.
É, não precisamos estar na mesma frequência. Basta que estejamos juntos e completos, seja qual for a nossa fase.