“E é isso. No fim das contas, talvez eu tenha perdido tempo. Será que valeu o que vivemos juntas?” Estas perguntas não saíam da minha cabeça.
As pessoas se aproximam e se afastam o tempo inteiro, disso eu já sabia, mas mesmo assim o tal acontecimento trazia reflexões constantes. A minha melhor amiga, melhor pessoa, confidente tão incrível e fiel… agora estava longe. Mas será que devemos mesmo pensar em tempo perdido em uma situação como essa?
Pensem comigo na definição que damos ao tempo quando estamos ao lado de alguém e como os nossos julgamentos podem estar errados: um mês, seis, dois anos ou até dez muitas vezes não resultam em amizades eternas. Mas querem saber? Isso não importa. As memórias, o carinho, as risadas e a relação criada entre estes dois seres humanos permanecem vivos. Se a amizade era algo completamente especial, o elo resiste enquanto estas pessoas existirem.
O amor cultivado em uma amizade é um dos sentimentos mais bonitos e cheios de energia do mundo. A ele, une-se a troca de experiências, vivências e conhecimentos. Quantas conexões? Infinitas.
Desta combinação que deu tão certo, uma aprendeu muito com a outra. Foram vários detalhes agregados às nossas personalidades. E se vocês já tiveram a “sorte” de vivenciar um afastamento sem grandes brigas ou rancores (como eu, neste caso), somente por acasos naturais do destino, sabem também que sua história teve muito potencial e deu certo durante o tempo que durou.
Foi pensando nisso que peguei o telefone. Pensei em ligar para ela, mandar um “oi” e dizer algumas coisas. Desabafar. Mas desisti da ideia de começar uma DR. É… eu preciso respeitar o tempo dela.
Ninguém passa por nossa vida à toa. E com ela, é claro, não seria diferente.
No fim das contas, enviei uma mensagem, sim. Curta, sincera e amorosa. Aproveitei o 20 de julho e escrevi, de todo o coração: “Feliz dia do amigo, amiga.“