Pensando bem… Talvez tenha mesmo que ser assim.
E se, amanhã, isso que me incomodou tanto durante a tarde se justifique, com alguém abrindo a minha porta e me dando uma notícia boa? Certo, talvez eu esteja sendo otimista demais. Às vezes, essa tal notícia nem vai chegar – e amanhã será um silêncio sem fim.
Mas a verdade é que não tenho que procurar algo desenfreadamente. Preciso mergulhar dentro do vazio e extrair dele o melhor que eu conseguir. Talvez, neste silêncio, eu encontre pelo menos a metade das respostas que andei buscando hoje.
Estou farta de pontos de interrogação por todos os lados: parece que eles tentam me soterrar. E então as coisas ficam mais escuras e não enxergo nada – imagine achar um ponto final em uma situação dessas? Por isso que, atualmente, só estou procurando luz e calma. Luz para ver direito a situação que me rodeia e e calma para entendê-la como ela merece. Como eu mereço.
Porque sei que nada aqui é à toa e até esta parada momentânea existe por algum motivo. Quanto mais me assento nela, mais percebo que é um caminho sem volta. Percorro um túnel que me mostra várias possibilidades ao meu redor. E sigo em frente, firme, por mais que não saiba se a tal iluminação está mesmo logo ali ao lado, mas continuo procurando-a, enquanto me deixo invadir por pensamentos conclusivos, que vão se instalando pouco a pouco por aqui.
É, pensando bem, é isso que eu deveria fazer agora… e ainda bem que estou fazendo. Muitas vezes, parar para pensar faz parecer que não estamos produzindo nada. Mas estamos. E faz um bem danado pensar em tudo isso.