Sou uma boa observadora. Sempre me orgulhei desta característica, então não custa me lembrar disso vez ou outra. Sou daquelas que, no dia a dia, procura parar alguns minutos e ver através da janela do quarto, sabe? Bom, cá estou eu, mostrando a minha análise sobre o mundo.
Vejo esse último ano de colegial e percebo como cada um procura maneiras diferentes de se expressar. Sei que algumas pessoas nessa vida passam e outras permanecem por vários anos. Ainda há algumas que mal chegam e mudam completamente a nossa maneira de ser – como já aconteceu comigo!
Um grande amigo quer estudar Cinema e outra amiga vai fazer faculdade fora. Eles me apoiam – e eu os apoio também. Acredito que continuaremos em contato, mesmo que não seja todos os dias. Eles são meus amigos de verdade, os conheço há anos. Têm um pensamento que diverge do meu em alguns aspectos e, por isso, aprendi muito com eles.
Cada um, com suas experiências e vivências, nos ajuda na construção de quem somos. É por este motivo que aceitar a opinião dos outros é fundamental: cada um encara a vida de uma forma, não é?
Sempre pensei na união e muitas vezes fui aquela que tenta enxergar o melhor em cada indivíduo. Apesar disso, depois que me formar, levarei duas ou três pessoas comigo para a vida. Agora percebo o porquê disso acontecer exatamente neste fechamento de ciclo. Como falei ali em cima, cada um vê as situações de uma forma. Por isso que alguns não são capazes de enxergar além da bolha em que vivem.
Atualmente, moro em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Só que vivi por mais de 10 anos em uma cidade menor, Jardinópolis, que tem menos de 50 mil habitantes. É pequena! Me mudei para Ribeirão, que possui uma população maior – tipo, bem maior mesmo! – e, ao longo dos últimos meses (estou aqui desde abril), percebi como a cidade pequena me limitava. Quer saber por quê?
Como todos são conhecidos, um simples texto postado nas redes sociais – ou foto qualquer – era motivo de julgamento e olhares estranhos. Difícil fazer algo “fora do padrão”. É claro que conheci pessoas maravilhosas lá, mas que também enfrentavam problemas parecidos neste sentido.
Agora que vou prestar vestibular, quero morar em São Paulo e cursar Jornalismo: meu maior sonho é atuar na área escrevendo – ou em uma rádio! – e entrevistar pessoas que fizeram a diferença no mundo. Espero quebrar qualquer parede que me limite, desejo muito expandir a minha maneira de pensar!
É a bolha que nos circula que cerca os nossos pensamentos, nos limita e não permite crescimento. Por isso que, depois de alguns anos e das várias pessoas que passaram por mim, digo: fure a sua e caia no chão! Então levante-se e, com coragem, enxergue o que a vida te oferece que não estava dentro da tal bolha.
Finalmente, veja além. Nada mais te limita.
Por Bia Borghini, 17 anos, Ribeirão Preto (SP)
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