Ao pegar o papel e a caneta para escrever as minhas resoluções de Ano Novo, logo pensei em marcar ali alguns itens que tinham cadeira cativa e presença VIP todo final de dezembro na minha lista de desejos: felicidade, saúde para todo mundo, dinheiro no bolso… mas parei no meio do caminho entre a mão e a caneta. Certo. Continuo querendo tudo isso. Bom, todo mundo quer, né? Me sinto merecedora, é claro, e quanto a isso nada mudou. Mas, nestes últimos dias de 2017, resolvi focar em algo diferente. Escrevi outra coisa ali.
Em 2018 eu quero aprender muito.
No momento em que deixava a minha letra percorrer a agenda nova, minha cabeça voltou para um sábado comum lá do meio de setembro, em que fiz um curso super legal. Então pensei “tá aí, eu quero mais dias como esse”. Não só daquele curso diferente – e que foi tão bom -, mas de todas as coisas que admirava ao ver os outros fazendo.
“Uau! Você que bordou isso aqui? Que incrível!” – Quero aprender a bordar.
“Nossa, esta garota faz as próprias roupas!” – Tem uma máquina de costura com um preço legal na internet, que tal arriscar?
“Que demais falar inglês tão bem!” – Posso facilmente usar o próximo ano para me aprofundar no idioma, certo? :)
“Como ela sabe bastante sobre este assunto!” – Talvez possa eu quem vai especular sobre os mais variados temas da próxima vez que topar com eles. Desafio aceito!
Afinal, quais são as coisas que a gente leva desta vida? Levamos apenas recordações de momentos, pessoas e sentimentos. Além, é claro, dos aprendizados.
Se você pode ensinar algo a alguém, por que não? Se você consegue falar bem sobre determinado assunto, quantas ideias poderá transmitir a várias pessoas diferentes? Se você escreve mais de uma linha na listinha de habilidades, quantas opções terá para ocupar aquele finalzinho de tarde gostoso de domingo? E, sabendo tanto, conhecendo cada vez mais do mundo e até de si mesma, quantas novas ideias virão? Quantas soluções você criará?
Já parou para pensar no tanto de possibilidades que você possui de deixar a sua marca no mundo? Wow.
Decidi que adquirir novas habilidades e conhecimentos seria um objetivo. Simples assim. Aprendo porque quero. E tive certeza de que buscar isso mudaria o meu 2018. Me deixaria com os olhos mais abertos, já que, com tantos novos papéis, saberia ainda melhor encontrar o meu lugar no mundo.
E, não sei, vou ser otimista aqui (final de ano, poxa vida): ao fazer coisas novas, a gente também se abre para o inesperado. Mergulhei num mar de possibilidades e não queria mais sair. Tudo isso me deixou empolgada para o ano que vem e, pela primeira vez, senti que eu sabia exatamente onde morava a tal confiança.
Aprendi, olha só, que 2018 já tinha me ensinado muito mesmo – sem nem ao menos ter chegado. Imagina quando chegar, então? Bem, eu mal posso esperar.