Oie! Eu sou a Rafa Yamaki! Pedi um espacinho aqui no site mais legal do Brasil para poder contar um pouco da minha experiência viajando para o Japão! Pesquisei muita coisa e achei que seria legal ter as dicas e informações em um lugar só, para quando você for :)
Vou tentar colocar aqui tudo o que pode ser útil no seu planejamento para a viagem, mas fique à vontade para me procurar para tirar dúvidas ou conversar mais sobre!
PASSAGEM E HOSPEDAGEM
Antes de solicitar o visto, você precisa comprar a passagem e reservar toda a hospedagem. Algumas pessoas preferem deixar a passagem e hospedagem pré-reservadas (ou pegar as opções com cancelamento gratuito) no dia anterior de ir ao Consulado do Japão solicitar o visto para o caso de ter algum problema dar tempo de cancelar, mas eu acabei comprando antes mesmo e deu tudo certo.
As passagens comprei por sites de viagem mesmo, consegui um preço bom, e ainda consegui emendar um feriado prolongado de sexta-feira, assim não “perdi” nenhum dia no Japão por estar dentro do avião – você vai levar praticamente dois dias para chegar, considerando o fuso-horário.
As datas da minha viagem coincidiam com uma semana de feriado que tem todos os anos, chamado Golden Week, uma junção de quatro feriados nacionais entre final de abril e começo de maio. Por causa disso, os preços de hotéis estavam bem mais altos que o normal, então acabamos optando por ficar em casas e apartamentos disponíveis no Airbnb.
Aqui vão algumas dicas na hora de reservar hospedagem:
– Vale MUITO a pena pagar um pouquinho mais caro e ficar mais perto ou do lado das estações de trem/metrô. Com o tanto que se anda nesse país, no final do dia vai ser muito melhor estar bem pertinho da sua hospedagem.
– Tente optar por escolher locais próximos à estações da linha Japan Rail, já que turistas têm direito a tickets especiais para usar essa linha.
– Ainda no Airbnb, preste atenção em todas as informações do proprietário, para não acabar reservando um apartamento no quinto andar de um prédio sem elevador, ou uma casa de 200 metros que é dividida em 5 andares (adivinha quem fez isso? Sim, eu).
VISTO
Eu fui atrás do meu visto e de todas as pessoas que viajaram comigo sozinha – e foi bem tranquilo! O segredo é levar todos os documentos possíveis na hora de pedir o visto, os que pedem e os que não pedem.
O visto custa R$ 91 e sai 2 dias úteis após a aplicação. Bem rápido! O visto “normal” do Japão te dá direito a uma única entrada, ou seja, se você quiser dar um pulinho na Coréia do Sul no meio da viagem, precisa tirar outro tipo de visto. Além disso, ele é válido por 30 dias a partir do dia que você entrar no país, e você tem 90 dias para viajar a partir da emissão. Quem mora em cidades onde não há um Consulado do Japão, infelizmente precisa fazer por agência mesmo, e pode chegar a custar o triplo do preço. De qualquer forma, é questão de preferência e possibilidade mesmo, o processo e documentação vão ser os mesmos, mas achei tudo bem tranquilo!
TRANSPORTE/JR PASS
Transporte no Japão é algo bem mais caro que o de São Paulo, por exemplo, isso me assustou bastante. Eu sabia que eles cobravam os valores de acordo com o trajeto que a pessoa faz, então consequentemente quem anda mais estações, paga mais caro. Mas, mesmo assim, achei o custo do transporte um pouco absurdo e acabamos gastando muito mais do que o previsto. Para terem uma noção, se andar umas 3 estações, o valor fica mais ou menos 140 yens, que dá cerca de R$4,20, e se você tiver que fazer uma baldeação entre linhas e andar mais 3 estações, são mais 140 yens – ou seja, bem caro. Porém, funciona muito bem e é tudo extremamente pontual, mesmo, se você chegar um minuto depois do horário previsto, já era.
Outra coisa que também tem um preço um pouco salgado são os shinkansens (trens-bala), que são muito úteis e até essenciais para quem vai viajar para várias cidades no país. Mas existe uma companhia chamada Japan Rail, que praticamente comanda a linha de trens do Japão inteirinho, de norte a sul. Para quem é turista – e somente para turistas – existe o Japan Rail Pass, um passe de trem especial que dá direito a viagens infinitas de trens normais e shinkansens (pertencentes às linhas da Japan Rail) por um preço fixo durante 7, 14 ou 21 dias. Fazendo as contas, dá para perceber que o JR Pass vale bastante a pena: eu comprei o de 21 dias, que custou cerca de R$2.000. Se eu não tivesse o JR Pass e comprasse tickets individuais toda vez que eu viajasse, eu teria gastado cerca de R$3.000. Dá para calcular quanto você gastaria de trem-bala no Google Maps mesmo, que mostra o valor certinho do ticket, e aí decidir se vale a pena comprar um JR Pass ou não.
Você compra um voucher do JR Pass no Brasil, em agências de viagem ou direto no site mesmo, e chegando no Japão troca pelo passe em si, que é um papel que você vai ter que ficar carregando o tempo inteiro, para mostrar nas estações. Como não é um cartão magnético, você precisa procurar pela guarita com os funcionários para te liberarem na catraca.
Se escolher usar transporte público, faça um cartão da empresa Pasmo (fiz o meu na estação do Aeroporto de Narita mesmo, ao lado do balcão do JR Pass), assim você não precisa ficar comprando bilhetes toda hora que for entrar no metrô ou trem, é só ir recarregando de tempos em tempos. Ao comprar, você paga 2.000 yens: são 500 yens do cartão e 1.500 já de crédito. Sugiro o da Pasmo porque, além dele ser mais bonitinho (haha), te dá a opção de pegar o dinheiro de volta no final da viagem – inclusive os 500 yens que pagou pelo cartão – então não tem que se preocupar em ficar controlando o crédito para não sobrar dinheiro lá dentro.
WIFI DURANTE A VIAGEM
Não existe a menor possibilidade de viajar para o Japão sem um chip de celular ou wifi portátil, ou achar que vai poder depender de wifi gratuito lá. Existe sim internet nas lojas e restaurantes, mas você vai utilizá-la muito para checar os trajetos por lá, a pé ou pelo transporte público, e dentro das estações ou nas ruas não tem wifi sempre. Eu acabei optando por alugar um wifi portátil, assim todos que estavam viajando comigo poderiam se conectar também, porém os celulares gastam a franquia de 500MB por dia muito rápido, mesmo desligando várias funções que consomem internet, e dava um pouco de medo de ficar sem internet no meio do dia, mas isso nunca aconteceu. Peguei um da marca Imoto Wifi, mas a minha irmã tinha um da marca .au, que achei melhor.
QUANDO VIAJAR
As estações do ano são contrárias às estações no Brasil. Então, se aqui é inverno, ali é verão. Dizem que o calor do Japão é surrealmente insuportável, então a estação do ano é algo importante para se considerar aqui, não só para pegar um clima mais agradável, mas também para poder fazer algo que queira muito – quem quer subir o Monte Fuji, por exemplo, só pode fazer isso durante o verão.
Eu fui no final de abril/começo de maio, durante a primavera. Peguei dias bem quentes e outros congelantes, mas à noite sempre ficava mais friozinho mesmo. Acabei perdendo toda a temporada de sakura (flor de cerejeira), o que foi bem triste, mas mesmo assim vi flores incríveis por lá, especialmente em um Festival de Primavera que acontece no pé do Monte Fuji. Foi inesquecível e emocionante!
ROTEIRO
O Japão é um país bem pequeno, mas em 20 dias não deu para conhecer nem 1% dele, haha.
Meu roteiro foi: 7 dias em Tokyo, 2 em Nagoya, 5 em Kyoto – com uma ida a Nara, 4 em Osaka – com uma ida a Hiroshima, e depois mais 3 dias em Tokyo – com a viagem a Kawaguchiko para ver o Monte Fuji. Nessa ordem, a distância entre cada cidade não é tão longa (a não ser na volta, de Osaka direto para Tokyo), então achei bem tranquilo.
Quando eu for novamente (falando assim pra ver se profetiza), quero muito incluir as ilhas de Okinawa (extremo sul) e Hokkaido (extremo norte) no roteiro, devem ser incríveis!
Lugares que visitei em Tokyo:
Shinjuku, Shibuya e Harajuku
Esses bairros com certeza são os responsáveis pela imagem que temos do Japão. Ruas caóticas, muitas pessoas andando por todos os lados e fachadas de lojas incríveis cheias de luminosos. É só sair da estação e ir andando pelas ruas, com certeza vai achar coisas incríveis.
Em Shinjuku tem todas as lojas que quiser ir, em Harajuku fica a famosa Takeshita Street, uma rua cheia de lojinhas e muitas opções de comidas incríveis, e em Shibuya é onde fica a estátua do Hachi e o famoso cruzamento que parece um formigueiro quando o sinal abre para pedestres.
Disneyland e DisneySea
Eu AMO parques de diversões e a Disney e não ia perder a chance de conhecer os dois parques da Disney que tem em Tokyo. A magia é a mesma, é tudo lindo e incrível, mas eles são bem menores que os de Orlando, achei um pouco menos organizados e os shows acabam sendo um pouco fraquinhos também, mas ainda assim valeu muito a pena.
Ueno Park
Um parque bem bonito e gostosinho para passar um final de tarde ou um piquenique. Tem um zoológico também, mas fecha às 17h, então não consegui visitar.
Templo Senso-ji
Com certeza meu templo favorito de todos os muitos templos que tem no Japão. Ao lado do templo, tem também a famosa Pagoda de cinco andares, que para mim é a melhor parte. Também é um lugar bem gostoso para passear e até descansar um pouco por lá, e ao redor tem várias ruazinhas com lojinhas e barracas de comida.
Tokyo Skytree
Eu sempre amo visitar as torres de observatório das cidades que visito, adoro uma vista panorâmica. A Tokyo Skytree é bem bonita e fica na região de Odaiba, que é uma ilha artificial em Tokyo. Existem diversas torres em Tokyo, algumas até com entrada gratuita.
TeamLab Media Borderless
A famosa exposição de luzes que todo mundo está indo quando está em Tokyo. E sim, vale MUITO a pena, até cheio! Todas as salas são imersivas e incríveis, como experiência e também para as fotos hehe.
Jardim do Palácio do Imperador
Pra quem gosta de história, o Palácio oferece tours guiados nos jardins do Palácio somente às 11h e às 13h (durante a primavera, pelo menos), já que lá é a moradia da família do Imperador e consequentemente fica fechada. É só chegar lá e entrar na fila na frente da placa do tour, que acomoda até 100 pessoas por horário.
Side trip: Kawaguchiko
Optamos por não nos hospedarmos em alguma cidade ao redor do Monte Fuji e fazer um bate e volta, mesmo. São duas horas de viagem e acho que a melhor opção é pegar um ônibus que sai da estação de Shinjuku e te leva direto à estação de Kawaguchiko, que é considerada uma das melhores localizações para ver o Fuji-san – existem várias companhias que fazem esse trajeto, mas dá para comprar nas próprias estações de Shinjuku e Kawaguchiko também. Quem quer economizar o dinheiro do ônibus, que pelo que me lembre foi 2 mil yens cada trajeto, dá para ir de JR Pass e não pagar nada a mais, mas é um viagem com algumas baldeações, que pode ser bem cansativa.
Dica: durante a primavera acontece em Kawaguchiko o Shiba-Sakura Festival, um festival bem pequenininho, mas com uma estrutura incrível, muita comida gostosa e com a melhor vista possível para o Monte Fuji. Eu me emocionei demais!
Lugares que visitei em Nagoya
Bairro de Osu
É uma região totalmente comercial, onde tem uma galeria gigantesca com tudo o que você quiser ou precisar comprar, desde roupas e sapatos, até perfumes, funkos, jogos, tudo! Dá pra gastar um dia inteirinho bem fácil ali.
Oasis 21
É uma instalação bem bonitona ao lado da torre de TV de Nagoya, a vista à noite é bem legal! É bem na região central de Nagoya, então com certeza você vai passar no local.
Castelo de Nagoya
Acho que foi o Castelo que mais gostei! Na época que fui não dava para entrar, mas os jardins são bem lindos e dá para fazer uma caminhada bem gostosa por lá.
Templo Osu Kannon
Foi o único templo que visitei em Nagoya, como fica ali perto do Castelo de Nagoya, aproveitei para conhecer também. É bem bonito e também muitas lojinhas de lembrancinhas ao redor.
Higashiyama Park
É um parque bem grande e bonito, com um zoológico e um jardim botânico, mas achei um pouco infantil.
Lugares que visitei em Kyoto
Arashiyama Bamboo Forest
Meu lugar preferido da viagem inteira, com certeza. É uma região um pouco afastada dentro de Kyoto, então já é bem mais interior, com casinhas térreas e MUITO verde. Mas a floresta de bambu é impressionante, eu sonhava em conhecer. Dá para fazer em uma manhã/tarde, mas tem bastante lugar para andar na região e também umas barracas com comidinhas bem gostosas, foi lá que experimentei um croquete de karê e amei muito!
Dica: tente madrugar e ir bem cedo, para não ter que fazer igual a mim e ficar literalmente horas tentando tirar uma foto sem alguém atrás, hehe.
Templo Kinkaku-ji
O famoso Templo do Pavilhão Dourado fica localizado dentro de um parque bem bonito, vale a pena ir também, e dá para ser no mesmo dia de Arashiyama, já que é na mesma região.
Fushimi Inari Tori
Outro lugar que eu amei e sonhava muito em conhecer! Dizem que lá tem mais de 10.000 toris (os tradicionais portais vermelhos do Japão) que foram doados por empresas ou pessoas do ramo dos negócios para a montanha Inari, conhecida por ser patrono dos negócios. É bem lindo e impressionante também.
Side trip: Nara
Nara também era um lugar que sempre queria visitar, simplesmente para poder alimentar os veados que ficam soltíssimos na cidade, especialmente no Parque de Nara, esperando biscoitos sembei que os turistas dão após fazerem a tradicional reverência japonesa. Não se enganem: eles são fofos, mas podem ficar um pouco agressivos se você não liberar o sembei logo! Na região do parque existem diversos templos, mas optamos por ir apenas no Todaiji, que é onde tem uma estátua gigante de um Buda (incrível!) e no Kofukuji, já que ficam um ao lado do outro. Não acho que seja necessário se hospedar na cidade, já que é uma viagem de menos de uma hora de Kyoto ou Osaka, em um dia dá para fazer tudo.
Lugares que visitei em Osaka
Shinsaibashi/Dotombori
São os locais mais badalados de Osaka e ficam um do lado do outro. Basicamente são ruas e ruas de lojas e restaurantes, mas é um lugar muito divertido de visitar! Eu concluí que era a Times Square do Japão, só que mais legal! Acho melhor ir à noite, quando todas as fachadas já estão iluminadas, e aproveitar para comer algo bem gostoso.
Namba
A região de Namba fica bem pertinho de Dotombori e também é uma região comercial, mas com lojas mais diferentonas, de todos os estilos. Vale super o passeio por lá também, para quem quer procurar peças bem legais.
Castelo de Osaka
Também é uma construção bem bonita, mas especialmente interessante para quem curte história, já que o interior foi formulado para ser o museu que conta toda a história da construção das várias versões do Castelo.
Aquário Kaiyukan
Eu adoro aquários, então não poderíamos deixar de ir nesse, que é um dos mais famosos no país. O aquário inteiro é construído ao redor de um tanque circular que tem visão de todos os andares, e é impressionante ver baleias, tubarões, águas-raias e milhões de peixes vivendo em harmonia.
Osaka Station
A estação de Osaka foi reformada para ser um shopping gigantesco, então vale super a pena parar por lá em alguma baldeação que tiver que fazer por lá.
Universal Studios
Os parques da Universal têm um lugar especial no meu coração, pois Harry Potter! Essa Universal é minúscula comparada com a de Orlando, mas vale muito a pena mesmo assim! Dá para aproveitar e fazer uma refeição legal no City Walk que tem do lado de fora, mas que também é bem pequenininho.
Side trip: Hiroshima Peace Park/Memorial Museum
Eu queria muito visitar uma das cidades que foram alvo da bomba atômica para conhecer um pouco mais da história (e passar raiva dos americanos, porque né), então escolhemos Hiroshima, que fica a pouco menos de duas horas de Osaka. Nagasaki parecia muito interessante também, mas fica bem mais ao sul, então não incluímos no roteiro dessa vez.
O parque de Hiroshima é muito lindo e cheio de homenagens aos acontecimentos da bomba atômica. O museu pode ser um pouco chocante, já que tem imagens explícitas das vítimas e da situação da cidade, mas é muito interessante. Vale super a pena ir. Ainda em Hiroshima, dá para pegar o metrô e ir até a ilha de Miyajima, onde fica o famoso tori flutuante, mas infelizmente não conseguimos.
TAX FREE
No Japão, sempre que encontrar esse símbolo, significa que a loja não vai cobrar a taxa de 6% nas compras acima de 5.000 yens se você apresentar o passaporte com visto, já que é apenas turista. Na hora de comprar roupas, tênis, bolsas, ou muitos chocolates e cosméticos, não pagar a taxa é uma maravilha.
No caixa, o atendente vai grampear o comprovante no seu passaporte, e seu passaporte vai ficar bem gordinho! No começo fiquei preocupada da imigração me parar pelo tanto de comprovantes no voo de volta, haha, mas não aconteceu nada, nem perguntaram. Pelo que pesquisei, só dá “problema” caso você tenha feito compras no valor total de mais de 500.000 yens, que pode ser classificado como exportação/revenda ilegal.
DICAS DE COMPRAS
Kombinis
As famosas lojas de conveniência – você com certeza vai entrar nelas a todo momento. Normalmente ficam abertas 24 horas, o que é ótimo quando você chega tarde no Airbnb e está morrendo de fome. Ao contrário de muito lugares, as comidinhas e marmitinhas (ou bentô, em japonês) que vendem lá são bem gostosas! Meu preferidos eram os oniguiris (bolinhos de arroz) recheados com atum e os yakitoris (espetinhos de frango) que ficam ao lado do caixa e eles aquecem na hora se você pedir. Nos kombinis também tem alguns cosméticos com preços bons, bebidas, remédios, e vendem até ingressos de parques, museus e exposições.
As marcas mais famosas são o 7-Eleven, Family Mart (meu preferido pra comida, pessoalmente) e o Lawson – e eles sempre estarão bem perto um do outro! Nos kombinis vende Calpis, que é minha bebida japonesa preferida. É como se fosse um Yakult, mas não é. A maioria das pessoas não gosta, e eu fico chocada, porque o trem é bem gostosinho.
Don Quijote
O Donki (apelido carinhoso dado pelos clientes) é uma loja de departamento que não tem explicação. São seis ou sete andares de comidas, cosméticos, artigos para casa, eletrônicos, artigos de viagens, etc, exatamente TUDO o que você puder imaginar, mas em infinitas prateleiras que ficam tão cheias que você precisa ter muito cuidado para andar e não derrubar tudo. É perigoso até passar mal e baixar a pressão lá dentro, de tão esquizofrênica que é, haha. Mas vale super a pena para comprar todos os chocolates, balas, cosméticos e lembrancinhas que quiser, já que normalmente os preços são melhores e você consegue pegar Tax Free nas compras acima de 5.000 yens.
Existem unidades em todo o canto, então não precisa escolher uma específica para ir. Recomendo, porém, procurar as que não ficam tão no centro, já que sempre estão absurdamente cheias.
Sobre tax free no Donki: você primeiro vai pagar o valor normal da compra no caixa, e depois ter que passar em outra fila para pegar suas mercadorias embaladas e seladas, e o valor das taxas de volta, o que é um ponto negativo já que a fila quase sempre vai estar muito cheia. Mas toda economia é bem vinda, né!
Loft
Digamos que a Loft seja a prima requintada do Donki, já que também são muitos andares de artigos de todos os tipos, mas muito mais organizadas. Vale a pena a visita também, já que pode encontrar modelos e tipos diferentes de coisas que encontraria no Donki. Na Loft, por exemplo, encontrei modelos de guarda-chuvas muito mais bonitos e diferentes.
Bookoff
Uma loja de artigos usados, que vale muito a pena para quem quer comprar malas extras, jogos e acessórios de todos os consoles, e mangás.
Spins
Uma loja de roupas bem street, tão esquizofrênica quanto a Donki, mas que tem muita coisa legal, e achei que traduz bastante o estilo das grandes cidades do Japão! Vi em Harajuku e Shibuya (Tokyo), e em Osaka, mas deve ter em outros lugares também.
ABC Mart
Loja de tênis com preços bem bons. Ideal para quem é fã de Vans, Converse, Adidas, Puma, etc.
Etude House
A marca é coreana, mas as maquiagens e cosméticos tem uma qualidade mara e tem um preço ótimo. As sheet masks de lá custam 500 yens, por exemplo, mas tem de tudo – inclusive muitas opções de lip tint, que é febre na beleza japonesa.
Seria/Hyakuen
As lojas de hyakuen, ou 100 yens na tradução literal, são uma completa perdição e você com certeza vai sair com o carrinho cheio. Não são que nem os R$1,99 no Brasil, que não vende nada por R$1,99, lá tudo custa 100 yens mesmo! Vale muito a pena e vende desde comidinhas até cosméticos (de marcas não tão conhecidas) e itens fofos de papelaria ou para a casa.
Atmos
Lojas de sneakers e roupas no estilo street-kawaii (fofas), são bem bonitas pra até só olhar. Tem várias em todas as cidades também.
Murasaki Sports
Uma loja de artigos esportivos que encontrei em frente ao final da Takeshita Street, em Harajuku, e também vende tênis da Fila, Adidas, Vans, mochilas da JanSport, etc.
Purikura Land (Harajuku)
Por favor não deixe de ir ao Japão sem voltar com as tradicionais fotos com filtros que deixam seus olhos enormes, sua pele bem lisinha e a boca toda rosadinha de lip tint. Funciona quase como um jogo: você coloca as moedas na máquina do lado de fora e escolhe o layout que quer, entra na cabine da esquerda pra tirar as fotos, depois vai para a cabine da direita para decorar todas as fotos, e do lado de fora retira os adesivos. É muito engraçado e rende uma lembrancinha fofa.
Lojas de fast fashion
Acabei comprando as únicas roupas da viagem inteira na Forever 21 mesmo, estavam em promoção e peguei um preço ótimo. O estilo das lojas de fast-fashion é o mesmo, mas é claro que você vai encontrar peças muito legais. Tem H&M e Forever 21 em muitos lugares também se você não se encontrar no estilo das lojas japonesas e quiser algo mais conhecido mesmo. Porém vale dizer que, fora da promoção, o valor não é tão mais baixo do que o do Brasil – o Japão não é o país das compras fashion com preço mara.
Ruazinhas perto da Takeshita Dori em Harajuku e do cruzamento de Shibuya
Fora do caos que é a Takeshita Dori, a rua principal bem na saída da estação de Harajuku, existem muitas ruazinhas com lojas incríveis. Tem lojas “aleatórias”, mas também muita marca legal, como Supreme, Aape, Champion, entre outras. Em Shibuya também vale a pena andar pelas ruas ao redor das ruas principais, as lojas são bem mais vazias.
Shibuya 109
É um prédio de 11 andares, se não me engano, bem em frente ao cruzamento de Shibuya, todinho de lojas de roupas, sapatos e acessórios muito legais – comprei a choker mais linda da vida em uma loja lá. Tem uma unidade da Spins também, que é tão legal quanto a de Harajuku.
DICAS DE RESTAURANTES/COMIDINHAS
Ichiran Lamen
O. Melhor. Lamen. Da. Minha. Vida. E eu já provei muitos lamens. No Ichiran você come em “cabines” individuais (mas eles colocam você sentado ao lado de quem tiver com você), que eles dizem servir para você se concentrar apenas no sabor da sua comida. Você não vê nem os garçons, que deixam o seu lamen através de uma abertura frontal da cabine, que fica fechada por uma cortininha de bambu. Serve apenas um sabor de caldo, mas você personaliza como quiser: com e sem alho, mais carne de porco, apimentado ou não, com ovo extra (recomendo, lamen não é lamen sem o ovo cozido), etc.
Kura Sushi
Foi o lugar que escolhi para experimentar o famoso sushi de esteira, e é muito gostoso! Além de ser divertido se atrapalhar tentando pegar os pratinhos de sushi e outras comidinhas que passam na sua frente antes deles irem embora. Os pratinhos de dupla de sushi custam 100 yens, é muito barato! E a cada 10 pratinhos, você tem direito a tentar um brinde no tablet acima da mesa.
CoCo Ichiban-ya
É uma rede famosa de karê, ou o curry japonês, que eu achei muito boa também. Os pratos são muito bem servidos e também tem salada no menu. Só cuidado na hora de pedir o nível de pimenta do seu karê, o número 1 pode ser fatal, haha. Tem muitas unidades em todas as cidades.
Zaku Zaku
Acho que o Zaku Zaku foi a coisa mais gostosa que eu experimentei na viagem toda, e a que mais me deixou com o coração partido também, já que é perecível e eu não pude trazer pra casa. É uma espécie de choux cream com formato de bomba (mais compridinho), com uma massinha bem levinha, um recheio de creme de baunilha dos sonhos e uns crocantes por cima. Saudades. E o cheio da loja quando você entra é surreal. Encontrei em Harajuku, na Takeshita Dori, e em Osaka em um shopping.
Loja Calbee+
Também na Takeshita Dori, é uma loja da famosa marca Calbee, que tem salgadinhos e batata de todos os sabores e formatos. Nessa loja em especial eles vendem o Jagariko, o salgadinho mais famoso que é basicamente uma batatinha frita, ainda fresco, ou seja, é como se fosse o salgadinho frito, mas antes de endurecer e virar salgadinho. Faz sentido? Não sei, mas é muito gostoso! E o Jagariko normal, que vende nos copinhos, tem em todo kombini e eu acho que eu comi um por dia.
Taiyaki
São massinhas em formato de peixe (só o formato, tá) recheadas, normalmente de azuki, o doce de feijão. É basicamente um mandju, que dá para comprar no Brasil, mas é vendido fresquinho e quentinho, uma delícia.
Pablo
É uma loja famosa pelas tortas de “queijo”, que são muito parecidas com um cheesecake. Eu particularmente achei um pouco enjoativa, mas a loja tem outros doces que são bem gostosos.
Maccha House
Matchá, o chá verde, é muita febre no Japão, então eu não poderia deixar de experimentar. Escolhi o Maccha House porque era um dos lugares mais famosos – e consequentemente mais lotados – e peguei duas bebidas: uma latte quente cremoso, e um matcha gelado. Queria mesmo era experimentar um parfait, mas a fila tava muito grande e esse item não dá para levar para viagem.
Fugetsu Okonomiyaki (Osaka)
Um dos pratos que eu precisava experimentar o “original” era o okonomiyaki, que é uma espécie de panqueca japonesa, basicamente feita de repolho, um pouco de massa e vários acompanhamentos. Encontrei o Fugetsu aleatoriamente em um shopping em Osaka, mas achei muito gostoso e com um preço ótimo também. Os garçons fazem o okonomiyaki na sua frente, é um bom entretenimento também!
Matsuya/Tsunoya
Existem restaurantes muito baratos e que ficam abertos até bem tarde, alguns até 24 horas, e vão ser os melhores amigos quando bater aquela fome e você não estiver com paciência para entrar no Google Maps e escolher um restaurante. Os mais famosos são os da rede Matsuya, Tsunoya e Sukiya (que tem em São Paulo, aliás). Os pratos custam em média 500 yens, são bem servidos e gostosos, mas são basicamente arroz com carne estilo gyudon (cortado em fatias bem fininhas) e algum acompanhamento. Tem em todos os lugares.
Baskin Robbins
Uma rede de sorvetes bem gostosa, que não tem no Brasil, e é conhecida pelo seu logo – BR – que dá a ideia de que você vai poder experimentar um sabor diferente pra cada um dos 31 dias do mês.
Crepes em Harajuku
Não podia ir para Harajuku e não pegar um crepe bem bonito para experimentar e tirar uma foto (que nem ficou tão boa assim). Na Takeshita Street tem várias lojinhas, é só escolher o que achar mais bonito.
Kinojiya (Tokyo)
Esse é um restaurante que encontramos por acaso ao lado do Ueno Park, na frente da estação de metrô, e serve sobá, um prato típico do Japão que é basicamente um macarrão servido gelado, com um molhinho à base de shoyu para molhar o macarrão, e acompanhamentos como tempurá de legumes e camarão, que são bem gostosos.
E a grana? $$$
Uma das maiores dúvidas de quem quer viajar para o Japão é quanto custa. Essa, na verdade, é uma pergunta sem resposta, já que depende muito do estilo de viagem que você curte ou pode fazer. Por exemplo, a minha viagem saiu “barata”, mas daria para economizar muito mais se eu tivesse conseguido passagem em promoção e tivesse ficado em hostel, por exemplo. Mas, se quiser uma média de preço, vou te dizer que você deve separar no mínimo R$11.000,00 para uma viagem de 21 dias, contando passagem, hospedagem em Airbnb, JR Pass para 21 dias, alimentação, transporte (metrô e ônibus), wifi portátil e visto, e a partir daí calcular mais ou menos quanto levar para as compras. Mas, lembrando, isso é um exemplo meu e não uma regra, existem muitas maneiras de economizar, ou gastar muito mais do que isso: depende do seu bolso e dos seus objetivos no país.
DICAS ALEATÓRIAS, PORÉM IMPORTANTES
– Invista um pouco mais, mas tente não comprar trechos de voos com mais de uma escala. Sério.
– Você vai andar MUITO no Japão, então precisa se preparar muito com calçados bem confortáveis, ou fazer um roteiro bem leve para poder sempre parar para descansar um pouco.
– Se for para os parques da Disney ou Universal, não os coloque no roteiro para os primeiros dias da viagem, todos vão estar cansados ainda e fazer isso bem no começo da viagem vai estragar seus pés!
– Ainda relacionado à dica acima, deixe pelo menos os dois primeiros dias da viagem bem leves, a viagem até lá é muito longa e você vai precisar sim se recuperar para aproveitar o máximo todos os dias.
– Não é bem visto falar alto, fazer muito barulho e até passar maquiagem nos trens e metrôs, é considerado falta de educação.
– Na hora de pagar sua conta nas lojas e restaurantes, coloque seu dinheiro na bandeja que tem em frente ao atendente, e não dê diretamente na mão dele. Não sei se é considerado falta de educação, mas é algo que eles estão acostumados a fazer.
– Não coloque os guardanapos, papéis ou qualquer lixo nos pratos quando acabar de comer, como muita gente está acostumada a fazer aqui no Brasil. Aparentemente, isso mostra que você não ficou satisfeito com a sua comida.
– O Google Maps vai ser seu melhor amigo! Não só pra te falar os caminhos de metrô e ônibus, mas também para salvar os lugares que você quer visitar. Com aquela função Seus Lugares, você consegue salvar a localização de tudo e ainda separar por listinhas, assim não precisa ficar tirando print de localização de tudo o que ver por aí. Algumas pessoas indicam o Hyperdia, mas eu particularmente achei muito confuso.
– O comércio do Japão fecha cedo! As lojas da Takeshita street em Harajuku, por exemplo, fecham às 20h.
– Os japoneses ama pipoca, e eu não descobri se tem uma razão específica pra isso! haha Em todo lugar tem loja de pipoca e nos parques da Disney e Universal tem barraca de pipoca em todo canto, além de uns baldes especiais bem lindos (e caríssimos) dos personagens. Tem até chaveiro temático de pipoca por lá, eu não aguentava mais, haha!
– Nos shopping e galerias você não vai encontrar ninguém limpando as mesas, lá eles deixam toalhinhas e álcool para você higienizar e limpar sua própria mesa, antes e depois de comer.
– Ainda no quesito limpeza, você dificilmente vai encontrar lixo nas ruas. Isso porque a cultura de respeito e reciclagem lá é incrível, então os locais têm o costume de guardar tudo nos bolsos/bolsas para levar para casa e descartar corretamente.
– Percebi que no Japão eles não costumam “brigar” com concorrentes, achava o mesmo item em diferentes lojas com o mesmo valor ou um valor muito próximo. A não ser que estivesse em promoção ou algo assim.
– Você nunca vai passar sede no Japão se tiver algumas moedas no bolso, já que a história de que existem maquininhas de bebida em cada esquina é completamente real.
– A maioria dos restaurantes não serve bebidas, tipo refrigerantes ou sucos, mas todos te dão água ou mugitchá (chá de cevada, eu adoro) à vontade.
Bom, acho que é (só) isso! :)
Lembrando que essa foi a minha experiência no Japão. A sua com certeza vai ser totalmente diferente, mas incrível do mesmo jeito!
Se quiser me seguir é só ir lá no meu Instagram.
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