Sempre que uma amiga me liga chorando e pedindo conselhos por algum término de namoro ou coisa parecida, falo sobre o orgulho. Não canso de dizer o quanto ele é importante, principalmente nessa hora, quando o coração tá machucado e a cabeça confusa.
Depois de ouvir um “eu não te amo mais”, fica difícil não fazer a mesma coisa, e odiar sem perceber, a si mesmo. No espelho, o cabelo já não brilha tanto, o vestido predileto parece básico demais e a unha nunca cresceu tão devagar. Esses são os sintomas pós pé na bunda. A gente coloca na cabeça que não somos boas o suficiente, e acredite, nós sempre somos.
Essa coisa de mandar mensagens com frases prontas ou trocar o texto do perfil para algo mais “eu não dou a mínima para o que aconteceu” não faz diferença nenhuma pra ele, só pra você. A gente que na hora, não entende isso e fica bisbilhotando tudo pra ver se ele leu, e se importou.
O que você quer primeiro, a boa ou a má notícia? Ok, a boa. Sim, ele leu e não, isso não fez a menor diferença. Pelo menos não agora. Ele vai continuar saindo e bebendo com os amigos, ficando com novos e passageiros romances, e se der tempo, te ligando em uma madrugada de tédio pra dizer que você foi uma boa garota. Isso vai parecer um EU AINDA AMO VOCÊ, mas acredite em mim, não é.
Eles sempre vão tentar nos fazer acreditar que somos diferentes e feitas especialmente para mudá-los. Talvez até mandem uma música que diga isso (pra poupar tempo, conheço esse tipo). Ela será o seu novo toque de celular, e a trilha sonora do seu aniversário de namoro solitário. Talvez em um domingo desses você até escreva um texto sobre isso.
Hoje, mais do que nunca sei que para fazer alguém acreditar no amor, não basta amá-lo. É preciso mostrar a importância do amor. A falta que ele pode fazer.
Nesse caso, não adianta esperar que ele diga “pra sempre”, sem que você tenha tido coragem de dizer “nunca mais”. Se humilhar e pedir pra voltar, é uma atitude que qualquer garota apaixonada faria. Como ele mesmo já disse algum dia, você não é uma garota qualquer, é?