Quando li em algum lugar por ai que chegava aos cinemas outro filme que falava sobre relacionamentos a distância, eu fui correndo baixar. Tinha que ver com meus próprios olhos um filme sobre duas pessoas terrivelmente loucas para ficarem juntas.
Tão loucas que nem percebem que todo o processo é tão cansativo, que não fim nem sabem mais se era amor mesmo, ou apenas uma ideia fixa que quando finalmente acontece, parece que não faz mais o menor sentido. Mas lá estava eu, papel e caneta para anotar todas as dicas (mentira) e fazer tudo certo da próxima vez (verdade), e fui totalmente surpreendida pelo filme, já que eles fizeram tudo certo até quando parecia que estavam fazendo tudo errado. Que é mais ou menos a sensação que a gente tem quando eles tentam seguir com suas vidas – separado s- e se envolvem com outras pessoas. Quanto menos gente magoada, melhor. Não é?
O problema de amores aparentemente impossíveis, é que o fator impossível só faz a gente querer mais. Querer até o ponto de ficar cego e ultrapassar a barreira do amor e do bom senso e continuar querendo simplesmente por querer. Felizmente uma das duas partes sempre cai em si e lembra a outra parte envolvida, ainda que ela não aceite muito bem, que merdas acontecem. Que se o amor precisa de tanta luta a ponto de te deixar esgotado e sem energia (não no bom sentido), ele não tem razão nenhuma de ser.
Que algumas coisas começam e acabam e nem sempre existem culpados. Que procurar o culpado é o que nos mantém presos no mesmo lugar. E que loucura mesmo, é ficar parado, quando tudo a sua volta grita que é hora de seguir em frente.