você está lendo Livros e filmes para quem gosta de escrever

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Quem acompanha minha agenda, que fica logo ali na lateral do blog, deve ter reparado que nas últimas terças e quintas, fiz um curso livre de escrita. Já respondendo alguns emails que chegaram, foi na Belas Artes (onde também pretendo fazer faculdade no meio do ano). Aliás, fica a dica para quem está em busca de cursos legais em São Paulo. São diversas opções de horários, valores e áreas. Para conferir a lista completa é acessar esse site (a inscrição é online).

Não fiz o post para falar só sobre o curso, mas sim, para compartilhar com vocês algumas indicações que estavam na apostila de estudo. Sei que muitas leitoras também gostam de escrever, então acredito que as sugestões dadas pelo professor Leandro Freitas serão bem aproveitadas. Principalmente agora, que temos alguns dias atoa graças ao Carnaval. Aproveitem!

Bibliografia Sugerida

O Primeiro Homem de Albert Camus – “O Estrangeiro” e “A Peste” são romances inacabados, mas não por isso menos ilustres. Albert Camus estava trabalhando neste livro quando um acidente automobilístico lhe tirou a vida em 1960. A obra retrata a Argélia e a infância do autor e explora temas como o absurdo da morte, o artista nômade e o eterno estrangeiro.

Cidade Dos Anjos Caídos de John Berendt – Veneza, 29 de janeiro de 1996. Um incêndio destrói um dos principais símbolos da cidade, o teatro lírico La Fenice, onde cinco óperas de Verdi estrearam. O que já seria uma catástrofe para os venezianos torna-se ainda pior com a revelação de que o incêndio pode ter sido criminoso. Chegado à cidade três dias após os acontecimentos, o jornalista John Berendt transforma-se numa espécie de detective, descobrindo que por trás das histórias de alguns dos excêntricos habitantes de Veneza pode estar a resposta para o mistério sobre o fogo. A exemplo do que fez em seu livro anterior, o best-seller Meia-noite no Jardim do Bem e do Mal, que vendeu mais de 2,5 milhões de exemplares e figurou durante quatro anos na lista dos mais vendidos do New York Times, em Veneza. A Cidade dos Anjos Caídos Berendt honra a tradição do new journalism. Tudo o que está descrito no livro é real: nomes, pessoas, lugares e factos.

Escrever de Marguerite Duras – Nesta obra, que alcançou o primeiro lugar da lista dos livros mais vendidos na França, Marguerite Duras fala do seu trabalho e dos seus amores, da solidão e dos medos da infância, da morte e da injustiça. No seu estilo particular, entre cortado de hesitações e arrebatamentos apaixonados, a escritora pela primeira vez se revela por inteiro, na sua tenacidade e na sua doçura.

A Triologia de Nova York – Nas três histórias deste livro, Paul Auster, talvez o mais nova-iorquino dos escritores americanos, confronta seus personagens com o mistério da identidade, do conhecimento e da arte. Em Cidade de vidro, um escritor de policiais é confundido com um detetive particular e passa a encarnar a sério o papel. Em Fantasmas, um detetive contratado para vigiar um homem transforma a tarefa num caso de vida ou morte. Em O quarto fechado, o amigo de um escritor desaparecido é atormentado pela culpa, depois que a suposta viúva o encarrega de publicar os originais do marido. Nova York se torna, aqui, a imagem de um labirinto mental feito de pistas falsas e verdadeiras, de acasos e equívocos: é na própria cidade que Auster se apóia para retrabalhar o gênero policial.

O Jogo da Amarelinha de Julio Cortazar – “O Jogo da Amarelinha” vivia-se um tempo de rupturas. Na política, nas artes, nos costumes, por toda parte o novo forçava passagem para se substituir ao velho. E por toda parte este livro capturou, com sua ousadia formal, com seus personagens inesquecíveis, com sua visão de mundo complexa e sensível, a atenção de multidões de leitores.

A Peste de Albert Camus – Romance que destaca a mudança na vida da cidade de Orã depois que ela é atingida por uma terrível peste, transmitida por ratos, que dizima sua população. Narrado do ponto de vista de um médico envolvido nos esforços para conter a doença, o texto de Albert Camus ressalta a solidariedade, a solidão, a morte e outros temas que auxiliam na compreensão dos dilemas do homem moderno.

O filho da mãe de Bernardo Carvalho – Em O filho da mãe, Bernardo Carvalho orquestra uma multiplicidade de vozes e pontos de vista, sem nunca perder de foco o motivo recorrente da maternidade, imbricado com o seu avesso: o sentimento de orfandade, de desamparo e desajuste, cuja representação mais crua é a guerra. “As mães têm mais a ver com a guerra do que imaginam”, diz a certa altura uma personagem. O livro, de certo modo, é a demonstração poética disso. Embora o pano de fundo da história seja a segunda guerra da Tchetchênia, em 2003, Carvalho volta-se neste romance à figura da mãe, ao tema da maternidade. Serão as mães, moduladas e refratadas nas diversas histórias que aqui se entrelaçam, o fio condutor de uma trama singular, cujo resultado vem confirmar a posição do autor entre um dos mais originais e inovadores da literatura brasileira contemporânea.

Exercícios de estilo de Raymond Queneau – Publicado pela primeira vez em 1947, este livro de Raymond Queneau conta um microconto que parece banal: um homem que vê um estranho duas vezes no mesmo dia. O genial da obra é que essa mesma história é contada 99 vezes com um estilo diferente e o resultado não pode ser chamado de menos que incrível.

Filmografia Sugerida

Reconstrução de Um Amor – Um homem e uma mulher se conhecem em Copenhague e após uma noite juntos tentam desesperadamente se desvencilhar de suas vidas e arriscar tudo para ficarem juntos. História de amor em uma obra cheia de referências visuais e sonoras, realizada com estilo e complexidade. O filme é um romance noir que permanece na mente.

Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças – Joel (Jim Carrey) e Clementine (Kate Winslet) formavam um casal que durante anos tentaram fazer com que o relacionamento desse certo. Desiludida com o fracasso, Clementine decide esquecer Joel para sempre e, para tanto, aceita se submeter a um tratamento experimental, que retira de sua memória os momentos vividos com ele. Após saber de sua atitude Joel entra em depressão, frustrado por ainda estar apaixonado por alguém que quer esquecê-lo. Decidido a superar a questão, Joel também se submete ao tratamento experimental. Porém ele acaba desistindo de tentar esquecê-la e começa a encaixar Clementine em momentos de sua memória os quais ela não participa.

A Lenda do Pianista do Mar – Um garoto nasce em pleno alto-mar, ganhando o nome do ano em que nasceu: 1900. A criança cresce num mundo encantado de fortes ventos tempestuosos e cobertas balançando, conhecendo toda a existência disponível a seu toque nos confins do transatlântico em que nasceu. Já crescido, seu talento natural no piano chama a atenção da lenda do jazz Jelly Roll Morton, que sobe a bordo para desafiar 1900 para um duelo. Indiferente com sua súbita notoriedade, 1900 mantém uma fixação pelo mar, sendo sempre seduzido pelos sons do oceano.

Corra, Lola, Corra – Manni (Moritz Bleibtreu), o coletor de uma quadrilha de contrabandistas, esquece no metrô uma sacola com 100.000 marcos. Ele só tem 20 minutos para recuperar o dinheiro ou irá confrontar a ira do seu chefe, Ronnie, um perigoso criminoso. Desesperado, Ronni telefona para Lola (Franka Potente), sua namorada, que vê como única solução pedir ajuda para seu pai (Herbert Knaup), que é presidente de um banco. Assim, Lola corre através das ruas de Berlim, sendo apresentados três possíveis finais da louca corrida de Lola para salvar o namorado.

Ano Passado em Marienbad – Num luxuoso e enorme palácio, transformado em hotel, entre corredores, salões decorados e estátuas, um estranho tenta convencer uma mulher casada a fugirem juntos. Ele diz conhecê-la. Diz que foram amantes. Entretanto, parece difícil fazê-la lembrar de que tiveram um caso (ou que não tiveram) no ano passado, em Marienbad.

O Discreto Charme da Burguesia – Um jogo surrealista e cheio de arte. Seis pessoas da classe média se reúnem para jantar, mas são constantemente interrompidos, devido a estranhos acontecimentos. Mistura de situações reais da história com sonhos e devaneios dos personagens, o filme se passa apenas durante uma tarde e é uma crítica feroz e feita com bastante humor às situações e a hipocrisia da vida social burguesa, dirigido pelo mestre Luis Buñuel, vencedor do Oscar de Melhor filme estrangeiro de 1972.

Dolls – Três histórias inspiradas no teatro bunraku, também chamado de ningyo joruri, uma forma clássica de teatro japonês. São peças com fantoches, onde pessoas escondidas com vestes negras manipulam bonecos no palco. Baseado nisso, conheça a história de Matsumo e Sawako, que enfrentam a oposição da família dele para se casarem, o que resulta em uma tragédia escolha; de Miro, um chefe da máfia que está muito mal de saúde, que resolve voltar ao parque onde conheceu uma namorada que o abandonou, à 30 anos atrás; e de Haruna Yamaguchi, que depois de um acidente que o transformou de uma badalada estrela pop em uma pessoa reclusa e de rosto coberto de ataduras, fica agora olhando para o mar.

Amnésia – Um ladrão ataca um casal, terminando por matar a mulher e deixando o homem à beira da morte. Porém, ele sobrevive e a partir de então passa a sofrer de uma doença que o impede de gravar na memória fatos recentes, o que faz com que ele esqueça por completo o que acontece poucos instantes antes. A partir de então ele parte em uma jornada pessoal a fim de descobrir o assassino de sua mulher para poder vingá-la.

A Viagem de Chihiro – O filme conta a surreal história de Chihiro, uma mimada garota de 10 anos. Quando seus pais contam que estão de mudança para outra cidade, a garota fica furiosa. Em meio a lembranças de seus amigos que terá que deixar, Chihiro percebe que seu pai se perdeu no caminho para a nova cidade, parando em um túnel aparentemente eterno, guardado por uma estranha estátua. Curiosos, os pais de Chihiro decidem entrar no túnel. A família vai parar em uma cidade aparentemente fantasma. Famintos, os pais de Chihiro decidem comer a comida que está disponível em uma das casas. Chihiro encontra o garoto Haku, que pede para que ela saia da cidade o mais rápido possível. Mas já é tarde demais: os pais se transformaram em gigantescos porcos. É o início da jornada de Chihiro em um mundo povoado por seres fantásticos.

Sonhos – É um filme japonês e estadunidense de 1990, baseado em sonhos verdadeiros que o cineasta Akira Kurosawa teve em momentos diferentes de sua vida. O filme é mais baseado em imagens do que no diálogo, e divide-se em oito histórias distintas, mas unidas pelo mesmo tema. Foi exibido entre os filmes fora de competição no Festival de Cannes de 1990.

Qual vocês já conheciam?