você está lendo Bastidores de um sonho (e mais um livro!)

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Obrigada, obrigada e obrigada! Desde já, desculpem pelo repeteco. Talvez o texto em que falei do outro livro também tenha começado desse mesmo jeitinho, mas como eu poderia dar uma notícia dessas usando outras palavras? Tô realizando mais um sonho e isso só foi possível porque vocês me apoiaram quando coloquei na cabeça que queria publicar um livro. Quantos anos eu tinha mesmo? Ah sim, eu tinha quinze anos.

Acho que o 1 o 5 assim, coladinhos, me dão sorte. E olha que eu nem acredito nessas coisas. Superstição? Puffffff. As revistas sempre dizem que sou teimosa assim por conta do meu signo (Touro), mas acho que é porque elas não conhecem o senhor meu pai. E ele é canceriano.

Por que estamos falando sobre isso mesmo? Ah tá, o papai. A mamãe. Os outros Corrêa’s e os Vieira’s. Eles também entram na listinha de pessoas responsáveis por esse livro estar indo para as livrarias mês que vem. E eu não tô falando sobre o fato deles serem os responsáveis pela minha existência. Escrevi a maior parte dos capítulos em São Paulo, bem longe do pessoal, mas basicamente tudo o que sei sobre a vida, principalmente aquelas coisas que tenho quase certeza, vieram deles. A base das minhas ideias e dos meus ideais surgiram graças a atitudes dessas pessoas. Por sorte fui uma criança quietinha e consegui absorver e observar, com meu óculos fundo de garrafa da turma da Mônica, tudo bem rapidinho.

Toda vez que vou pra casa (dos meus pais), no meio de um dos nossos diálogos no intervalo da novela (ritual familiar), meu pai diz uma frase tipo “Se tem uma coisa que aprendi na vida…”. A última, no final de semana passada, foi “Nunca acredite quando alguém disser que você é como um pai/irmão/mãe pra ele! As pessoas sinceras não dizem isso. Elas simplesmente fazem e você percebe com o tempo.” Não disse na hora, mas dessa eu já sabia. Descobri quando um cara mais velho que eu gostava beijou uma menina na minha frente (era o meu aniversário de 14 anos!!!) tendo dito semanas antes que ela era como uma irmã pra ele. Uhum. Sei.

Chorei a madrugada toda. Lembro que minhas amigas foram dormir lá em casa e nós assistimos um filme de terror com japoneses e espíritos. Foi assustador e terrível, mas adivinhem, não o suficiente para me fazer desistir do cara. Eu precisei quebrar a cara mais umas duas ou três vezes. Talvez seis. Mas uma hora aconteceu e quando me dei conta, estava apaixonada e escrevendo textinhos para um outro rapaz. Aí depois de alguns beijos ele me deixou de lado e eu resolvi criar um blog na internet pra desabafar. O resto da história vocês já sabem, né? Contei no primeiro livro.

E então, chegou a hora de falar sobre o segundo.

Quando a editora me convidou para escrever um romance é óbvio que fiquei muito feliz. Ao mesmo tempo, meio assustada. Embora eu ame romances, não tinha certeza se iria conseguir escrever uma história tão longa (e fazer com que as pessoas tenham vontade de ler o livro até a última página). Tô acostumada com o formato do blog, né? Crônicas e contos mais curtinhos.  Seria um desafio… Ok. Preciso confessar, eu adoro desafios. Eles me dão frio na barriga e são menos perigosos do quando me apaixono. Topei.

Já tinha algumas ideias na cabeça e graças a Deus, eles acreditaram em cada uma delas. Comecei a escrever o livro ainda-sem-nome no Carnaval desse ano, em Leopoldina, num sítio completamente sem internet. Às vezes, admito, só assim que consigo me desligar completamente desse vício chamado redes sociais, viu?

O primeiro capítulo nasceu ali e os outros só alguns meses depois, após minha vida virar do avesso e eu finalmente entender o motivo de tudo aquilo ter acontecido justamente comigo. Anita, nome que escolhi para a personagem principal, ganhou a intensidade que precisava e eu uma companheira para os momentos solitários.

Engraçado como a ficção faz a gente querer sair de casa e viver novas experiências, né? Acontece quando assisto séries, leio livros e, descobri agora, escrevo histórias que não são sobre mim. Porque se colocar no lugar do outro é um jeito de parar de enxergar o mundo de uma perspectiva só. Sofrer com os mesmos dramas e ter pena da gente é tãããão cansativo. Uma hora a gente cansa, sabe? As pessoas dão conselhos iguais e isso não resolve os nós que existem dentro da gente. Já poder mudar o destino de alguém, mesmo que esse alguém só exista na nossa mente, é um jeito curioso de finalmente entender que também podemos fazer isso com a nossa própria vida.

Trabalhei nisso durante alguns meses e além de conhecer e me surpreender com pessoas incríveis que apareceram por acaso no meu caminho, escrevi uma história e me orgulho muito em apresentá-la hoje para vocês.

“De Volta aos Quinze” é o primeiro o livro da série Meu Primeiro Blog! A trilogia conta a história de Anita, uma mulher de trinta anos que possui uma vida diferente do que ela sonhou para si. Um dia, ao encontrar seu primeiro blog, escrito quando tinha 15 anos, algo inusitado acontece e tudo ao seu redor se transforma de repente. Com cabeça de adulto e corpo de adolescente, ela se vê novamente vivendo as aventuras de uma das épocas mais intensas da vida de qualquer pessoa: o ensino médio. Ao procurar modificar acontecimentos, ela começa a perceber que as consequências de suas atitudes nem sempre são como ela imagina, o que pode ser bem complicado. Em meio a amores impossíveis, amizades desfeitas e atritos familiares, Anita tentará escrever seu próprio final feliz em uma página misteriosa na internet.

Gostaram? Estão tão ansiosas quanto eu? O livro já está em pré-venda no site da Saraiva e o lançamento oficial vai acontecer na bienal do livro desse ano, lá no Rio. Criei dois eventos no Facebook para nos organizarmos, tá? Domingo, 1 de setembro de 2013 Sábado, 7 de setembro de 2013. Nas próximas semanas faço outro post dando mais detalhes (spoiler: vão rolar algumas surpresas para quem for!) e divulgando as datas dos outros estados (dessa vez vou pro sul e nordeste também! \o/).

É isso. As palavras entraram na minha vida porque meu coração tava doendo, mas acho que elas vão ficar de vez porque agora tô muito feliz e olha, consegui escrever esse texto até o final.