você está lendo Livros que você não curtiu durante a escola, mas deveria ler agora

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É nas aulas de Literatura e de Língua Portuguesa que começamos a conhecer várias obras clássicas da literatura brasileira. Muitas delas são matéria obrigatória para o vestibular e, bom, justamente por estes livros serem obrigatórios, sabemos que muita gente logo cria uma imagem ruim e fica com preguiça de lê-los. :/ Acontece ou aconteceu com você?! Bom, que tal dar uma segunda chance pra eles? É sério! São legais de verdade e (bem provável) ainda melhores do que aquele último livro que você comprou na semana passada. Foi pensando em provar isso que listamos cinco livros clássicos muito bons e o motivo pelo qual você deve lê-los imediatamente. Olha só!

  • Memórias de um Sargento de Milícias – Manuel Antonio de Almeida

Quando vi a capa deste livro, com um soldado, e liguei ao nome da obra, pensei: vixe, que chatice. Engano meu! O livro retrata a rotina do Rio de Janeiro no início do século XIX e apresenta aquela figura do “malandro” inserida neste cenário. A história do pequeno Leonardo é contada desde o início e ele é aquela típica criança que não pára quieta nem por um segundo. A trama vai se desenrolando (os capítulos são curtos e funcionam como episódios, é delicinha de ler!) e o garoto cresce e encara diversos problemas e conflitos. Vale a leitura!

  • Dom Casmurro – Machado de Assis

Como não se apaixonar por esta história? Bentinho e Capitu são criados juntos desde pequenos e acabam se apaixonando. Acontece que Bentinho, por conta de uma promessa de sua mãe, acaba indo para um seminário pra se tornar padre. Eita! Muita coisa acontece e este amor (impossível?) acaba se aventurando por mil caminhos. A obra, no final, ainda deixa uma pergunta em aberto que vai te fazer sentir vontade de lê-la muitas outras vezes para procurar a resposta nas entrelinhas!

  • Capitães da Areia – Jorge Amado

“Capitães de Areia” aborda a questão dos menores abandonados, o preconceito da elite e as greves de trabalhadores, tudo isso na escrita envolvente de Jorge Amado. A história é uma aventura em que um grupo de meninos de rua se esconde em um armazém abandonado em uma praia da Bahia, onde o destino incerto de cada um nos faz ver que, na realidade, todos têm a rua como professora da vida. Assim, eles vão crescendo e tendo seus rumos traçados. O autor revela em detalhes como são os personagens e tudo o que acontece com eles, muitas vezes beirando até a crueldade, sem deixar passar nadinha!

  • Iracema – José de Alencar

Iracema é uma representação da história brasileira através de uma romantização, de uma metáfora que representa a nossa origem de forma muito bonita e um tanto tocante. O romance conta a história do amor de Martim, o branco, por Iracema, uma índia. A relação é uma alegoria que representa a formação da nação brasileira, em que a índia seria a natureza virgem e o colonizador é a invasão da cultura europeia. A escrita de José de Alencar é tão perfeita… quase um poema!

  • Brás, Bexiga e Barra Funda – Alcântara Machado

“Brás, Bexiga e Barra Funda” é um livro de contos sobre o cotidiano da antiga São Paulo. Os contos são curtinhos e a leitura é rápida. Tem o conto do “Gaetaninho”, um menino maluco por futebol, “Carmela”, sobre uma mulher linda e seus romances, “Tiro de Guera nº 35”, que fala de um grupo escolar da Barra Funda, em que o protagonista aprende a amar o Brasil, “Amor e Sangue”, um conto a respeito de um assassinato, “A Sociedade”, sobre costumes classicistas de uma família paulista, “Lisetta”, sobre uma menina pobre que só queria um bichinho de pelúcia, e mais algumas outras histórias do tipo, que nasceram em forma de notícias.

E a melhor parte de todas essas obras é que cada uma delas possui um contexto histórico interessantíssimo, permite diferentes interpretações e conta com uma excelente estrutura narrativa. Ou seja, são profundas e, por isso, ótimas em todos os sentidos! Além desses livros, você consegue se lembrar de mais alguns para recomendar pra gente? Conta aí!