Aí dentro mora uma força que você nem sabe

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Um imenso combinado de adjetivos: é um pouco disso que nós somos feitos. As nossas características mais marcantes sempre ficam em evidência em nossa mente quando pensamos em nos descrever ou nos apresentar. Existem outras qualidades que por vezes não aparecem nestes momentos mas que, ainda sim, existem.

Conversei com cinco amigas ontem e nenhuma delas disse a palavra “forte” quando pedi que definissem seus traços mais aparentes, ou o que sua essência mostrava de mais claro quando se desnudava a alma.

E, bem, eu acho cada uma delas tão, mas tão forte, que fiquei aqui pensando que realmente não sei como essa palavra não apareceu. E isso tudo vai além do meu círculo e além de um só grupo, porque não é só com elas. Sei que você, que está lendo esse texto agora, provavelmente também não se definiria de tal forma, mas terei que dizer: você é forte.

Você não abandona aquilo que gosta, mesmo que as situações não sejam agradáveis sempre. Você encara e segue em frente quando acha que é o melhor pra você – mesmo sem ter músculos de aço, poderes de herói e, vá lá, uma segurança de outro planeta. A gente bem sabe que ela deixa de se fazer presente de vez em quando, não é? Mas você continua amando o que ama. Continua fazendo o que gosta. Segura uma barra daquelas – e sem nem escorrer as mãos para os lados.

Você é forte porque sabe que já passou por muito – e um outro tanto ainda pode vir por aí – só que não deixa de manter o sorriso na cara. Não que seja um riso frouxo ambulante (longe disso e, bem, logo chegaremos nesta parte!), mas você sabe erguer a pedra pesada e achar o ponto bom das situações.

Você faz a mágica da positividade acontecer – e a sustenta com toda a sua força de vontade, até o bom se tornar real.

Você também é forte porque não é sempre que está radiando toda a luz do Sol. Você se permite sentir e respeita a si mesma quando as coisas não estão perfeitas. Você não finge e nem atua: não pinta margaridas amarelas num cenário onde tudo é mês de seca. Você espera pacientemente até a estação acabar e, aí sim, solta suas sementes para tentar novamente ver algo de bom florir.

Em menor ou maior escala, tudo isso torna a acontecer diariamente. De forma vigorosa, o seu mundo se faz cada vez mais sólido mesmo quando, na cabeça, a vida é todinha feita de desenhos abstratos. É, aí dentro mora uma força que você nem sabe. Ou, bem, talvez agora até esteja se permitindo saber. Eu espero que sim.