Sinto muito se, talvez, eu for te frustrar tão de cara. Não é a minha intenção.
Mas preciso deixar claro que você não pode representar toda a minha vida.
Sabe aquelas garotas que idealizam relacionamentos, veem os parceiros como solução de todos os problemas e sonham com um conto de fadas com príncipe encantado e a princesa em perigo? Estou longe de ser assim. Procuro manter os pés no chão – e a vida real tem dessas coisas: a gente aprende que não pode depender de um sentimento ou de uma pessoa para viver.
Não quero levar um relacionamento como missão de vida. Não critico quem o faz, porque todo mundo deve ter a autonomia necessária para dar o rumo que quiser a seu destino. Mas, para o meu próprio bem, quero distância da idealização. Somos todos imperfeitos. Para que a minha vida seja mais leve, a única coisa que espero com todo o coração – e muita convicção – é o chocolate que virá na Páscoa. Hehe.
Desde que passei a ver o mundo com os olhos de hoje, tudo começa aqui dentro e termina aqui mesmo. E o clique da minha felicidade também: meus sorrisos sinceros partem do meu peito – e isso me faz bem.
Se eu ficasse sempre esperando por uma atitude, uma palavra ou uma ação de outra pessoa, criaria uma dependência ruim. A gente sabe que muitos vivem assim em uma relação a dois. E, bom, essas palavrinhas já dizem muito: a dois.
Duas pessoas. Dois rumos, duas reações, dois milhões de pensamentos diferentes.
Isso não quer dizer que eu serei menos carinhosa ou que não me importarei. Quando amo, amo mesmo. Mas amor é um lance do qual a gente gosta, curte, aproveita, cultiva. Só quero, por mim e por você, que o amor romântico não seja o ponto de partida para fazer todo o resto funcionar. “Fundamental é mesmo o amor“, mas, que o Tom Jobim me desculpe, não é impossível ser feliz sozinho.