Se você deixasse o seu coração falar, o que ele diria ao mundo?
Pessoas sinceras, na maioria das vezes, costumam dizer o que dá na telha. A gente até comenta que elas são “sem filtro” ou, em outras palavras, “não pensam muito para falar”. Mas é claro que o tal filtro existe, sim. Um pouquinho velho, já com marcas de uso e alguns furinhos, que permitem que opiniões saiam desenfreadas. Mas que ele está ali, está.
Todo mundo tem um desses. Tem gente que o usa com mais frequência e, se você sente a falta do seu, não é porque ele não existe: deve ser apenas algum tipo de problema – e tem jeito de arrumar.
Um dos defeitos mais comuns (e não tão legais) rola quando nada mais passa pelo tal filtro. O que fica é apenas uma imitação de fatos passados e a cópia daquilo que você sempre foi: ou seja, uma repetição ininterrupta, sem emoção. O frescor de cada atitude até quer aparecer, mas não consegue.
E aí achamos que alguma luz se apagou dentro da gente. Afinal, nunca fomos assim. O que aconteceu?
O fato é que estávamos apenas olhando para o lugar errado: a questão não está nas luzes, não. Pode checar: nenhuma delas está queimada. Algumas coisas foram se acumulando e, agora, impedem que boa parte de suas belezas cheguem ao mundo. Sua entrega é bem menor. Sua vontade, então, nem se fala. Tudo fica meio sem açúcar e sem sal – não há gosto de nada.
Não tem outro jeito, percebe? Está na hora de limpar-se e deixar fluir o coração.
No começo, pode ser que não seja tão legal: toda limpeza implica em alguns momentos cansativos e, de certa forma, desgastantes. Você terá que lidar com mágoas passadas, voltarão à tona aquelas memórias já desgastadas e frias… Mas isso é só no início. Depois, voltará a passar por ali tudo de legal que você sempre teve.