Recentemente, a Netflix lançou uma série baseada em uma obra de suspense, O Alienista – com Dakota Fanning e Daniel Brühl no elenco. Você já assistiu? Nós ainda não – porque estávamos esperando para, primeiro, terminar a leitura da obra que originou a série, que foi enviada pela editora Única na última semana. Antes de tudo: não tem nada a ver com o famoso conto do Machado de Assis, viu? :P O livro, lançado em 1994, é do autor norte-americano Caleb Carr. Começamos a leitura para resenhar aqui pro blog e…. pronto, acabou vida. Haha! Sim, o livro nos prende de um jeito sem igual. Pois é, começamos a resenha já entregando o ouro. Mas é que não teve outro jeito…
Este é um livro grande, com 512 páginas. A edição é bem bonita, com a capa inspirada na série e separações em preto entre partes da história. O livro tem orelhas e ainda vem com uma delas com um marca páginas destacável para você utilizar – o que ajuda bastante, já que para uma obra grandinha dessas a orelha acaba ficando amassada, sabe?
Descrição: O ano é 1896. A cidade é Nova York. O repórter John Schuyler Moore é tirado de sua casa no meio da noite abruptamente. Nada poderia prepará-lo para o que encontraria em seguida. Convocado por seu amigo dr. Laszlo Kreizler, psicólogo ou alienista – especialista em doenças da mente –, Moore é levado para ver o corpo horrivelmente mutilado de um adolescente abandonado na inacabada Ponte de Williamsburg. Os dois então embarcam em uma tentativa que pode revolucionar a criminologia: criar o perfil psicológico do assassino com base nos detalhes de seus crimes. Sua busca perigosa leva-os ao passado de tortura e à mente problemática de um serial killer que pode matar novamente a qualquer momento. O alienista evoca a era dourada da Nova York do século XIX e nos faz questionar: uma pessoa capaz de cometer crimes hediondos já carrega tais impulsos desde seu nascimento ou é o meio em que ela nasce e vive que determina tal desfecho terrível? O livro perfeito para os fãs de Mindhunter, que levará os leitores a uma experiência intensa pela mente do assassino mais cruel do século XIX.
Este é um daqueles livros que não diz exatamente a que veio logo de cara. O segundo capítulo, por sua vez, já esclarece muito as coisas. É aí que conhecemos mais do nosso protagonista, o comissário John Moore, e mergulhamos na história de cabeça. Depois disso, tudo fica cada vez melhor e a obra nos cativa bem rápido!
A história vai deslanchando, nos apresentando a novos personagens e nos fazendo compreender como eram as coisas e o modo de pensar em 1896 – as convicções preconceituosas e elitistas da sociedade de Nova York num cenário caótico, em que vítimas da pobreza extrema tornam-se vítimas de crimes horríveis. O estilo de escrita de Caleb Carr é bem descritivo e por vezes os parágrafos se alongam em uma história já passada ou na descrição complexa de um personagem específico, mas isso deixa a leitura prazerosa e nos faz entender mais do enredo. Aos poucos, enquanto a investigação vai se formando, pronto, já rola um vício: fica difícil largar o livro e, por mais que ele seja grandinho, dá vontade de ir devorando-o até chegar ao final!
É demais poder acompanhar o raciocínio dos protagonistas e ir desvendando, junto a eles, todo o quebra-cabeças que está em sua frente. Gostamos DEMAIS. :) Interessou? Você encontra o livro para comprar neste link.