Sabe quando, sem procurar, olhamos para o outro lado da rua e reconhecemos um rosto familiar? Logo, o cenário nos remete a outra estação, cheia de outras músicas e costumes.
Que drástica mudança somos nós, não?
O passado foi época de bons frutos, mas também semeou sensações que, uma vez nossas, sempre nos pertencerão. Será tão grave assim folhear nossas memórias e deixar que as borboletas entrem novamente? Afinal, é coletando os momentos que construímos o futuro. Sendo assim, não se sinta mal por sorrir relembrando alguém que já te encheu de expectativas.
A saudade dos ‘velhos tempos’ é natural e semelhante a que temos de diversas fases da vida. Não a ignore, mas não faça dela um referencial. A verdade é que nossa razão muitas vezes se sobrepõe ao que vai bem além de nutrientes e é bombeado aos montes pelo coração a todo o instante.
Não conte até três e quebre os paradigmas de “não quero vê-lo nunca mais”. Dê uma brecha para um papo amigável e não torne disso um hábito. Depois de tomar nota das novidades, olhe para o visor do celular e naquela chamada perdida, perceba o quanto há de segurança e amor naquele que te oferece um abrigo nos dias de preguiça, chuva e TPM.
Nutra o seu amor vigente e faça dele mais verdadeiro a cada dia que passa. Fundamente-o numa rotina cheia de aventuras e eventualmente, reveja as fotos e as cartas.
Não existe culpado em fatos irreversíveis.
E vivemos assim, rodeadas de passados presentes.