Estive pensando mais cedo sobre a beleza, sobre a maneira com ela consegue nos enfeitiçar. Nos importamos com ela mesmo sabendo que elas as vezes mente, digo mentir porque todo mundo um dia já se apaixonou por um rosto bonito e no final todas as espectativas não passaram de reflexos perfeitos refletidos em um espelho quebrado. A beleza é relativa, depende de quem vê. Além do mais, a beleza pode trazer um certo comodismo, pessoas bonitas quase sempre não precisam se preocupar com determinadas coisas, os amigos aparecem por interesse as garotas se oferecem… eles tem algumas facilidades que quase sempre os tornam não tão interessantes assim. A Velhice? Acredito que rugas sejam vestígios de expressões vividas, porque deveríamos esconder o que já vivemos? Deveríamos é ter orgulho disso. Cuidamos dos nossos cabelos, queremos perder alguns quilos e necessitamos com urgência de comprar aquele produto, porque? Talvez usemos a vaidade para esconder a insegurança. Unhas perfeitas e sorriso pasta de dente não são tudo… não para sempre. É bem fácil falar sobre, mas é difícil mudar. Posso até estar generalizando demais, talvez esse seja um defeito só meu. Com tudo eu prefiro não ficar só entre batons e espelhos, me arrisco em meio aos sentimentos e abraços, risadas e despedidas, futilidades e intimidades. Gosto do que eu ainda não conheço, o mistério me interessa, me ocupa e me intriga. Complexa? Talvez… Sempre admirei pessoas simples, o fato de não se importarem com tudo me inveja. Mas o que eu posso fazer? não sou assim e pronto.
(Ouvindo Krezip – All My Life)