Onde você mora?
Ocupar lugares físicos no espaço é a coisa mais fácil que existe, assim como perceber que já faz um tempo que você deixou de viver e virou parte da mobília do seu quarto, por pura conveniência. Enxergar no escuro é uma tarefa difícil,••• Continue Lendo
Carta ao meu avô
Já que não podemos tomar um café juntos e conversar, vou escrever.
O seu olhar aflito entre uma crise de falta de ar e outra me dizia claramente: “estou cansado.” Um dia, esta frase saiu da sua boca em um tom suave e sereno••• Continue Lendo
O que New York guardou pra mim
De uma forma ou de outra, depois das piores tempestades e trovoadas, a vida sempre me manda de volta para New York. Sozinha. A cidade que nunca dorme despertou em mim uma faísca que tinha se apagado gradualmente e eu quis registrar esse••• Continue Lendo
O amor que me perdoe
O amor que me perdoe – ele, você e este sábado. É que o cansaço já me pegou de jeito faz tempo. Cerveja? Não tem. Cigarro? Não tem. Tempo? Acabou a bateria. Mas não se preocupe, já coloquei para carregar. Agora só tomo café sem••• Continue Lendo
Já fui mal-amada – este é o meu desabafo
Eu sei, isso soa forte.
(M-A-L A-M-A-D-A)
Mas os efeitos que esta expressão traz ao meu emocional são tão complexos que nem me olhando no espelho conseguiria explicar. Fui buscar nas minhas experiências de vida o que poderia significar.
Percebi que carregar o título de mal-amada••• Continue Lendo
Cobertura de coragem
Eu cresci – e meu paladar não evoluiu comigo. Aos 23 anos, ainda gosto da bala Mentos colorida, do Tic Tac de laranja e de refri ao invés de álcool: os amargos e ardidos nunca me satisfizeram. Duas décadas nas costas não foram suficientes para••• Continue Lendo
Despedida da adolescência
Despedidas são boas porque são simbólicas. Representam um marco, pontos de restauro – assim como num computador. Só que elas não funcionam como em uma máquina. Despedidas são aniversários sem anuidade.
Se precisasse me despedir da minha adolescência, escreveria uma carta:
Amigos, mudei. Escrevo para••• Continue Lendo